Segundo o ministério, nova instância técnica vai coordenar estudos sobre misturas de biodiesel e etanol em proporções superiores às atuais
O Ministério de Minas e Energia (MME), por meio do comitê técnico permanente do Combustível do Futuro (CTP-CF), aprovou a criação de um subcomitê de avaliação da viabilidade técnica de misturas de altos teores de biocombustíveis em combustíveis fósseis.
De acordo com a pasta, a nova instância técnica será responsável por coordenar estudos e propor medidas voltadas à regulamentação e à implementação da lei do Combustível do Futuro (14.993/24), que estabelece diretrizes para o aumento do uso de combustíveis renováveis na matriz energética nacional.
Ainda segundo o MME, em nota, o subcomitê tem como objetivo “avaliar a viabilidade técnica de misturas de biocombustíveis em proporções superiores às atualmente praticadas no mercado, contribuindo para o avanço sustentável e seguro da utilização de fontes limpas no setor de transportes”.
Coordenado pelo ministério, o grupo contará com a participação de representantes de órgãos do governo, instituições de pesquisa, laboratórios, produtores, distribuidores, integrantes do setor automotivo e usuários de combustíveis. Conforme a nota, isso deve “assegurar ampla representatividade de toda a cadeia setorial”.
Ainda de acordo com o MME, os trabalhos serão estruturados em dois eixos principais: o primeiro dedicado ao biodiesel, com foco na avaliação de misturas acima de 15% (B15) e até 25% (B25), e o segundo voltado ao etanol anidro, com análises de misturas na gasolina acima de 30% (E30) e até 35% (E35).
“As atividades do eixo de biodiesel serão as primeiras a serem iniciadas, em novembro deste ano, com a definição e execução de um plano de testes para avaliar o desempenho, a compatibilidade e os efeitos das novas misturas sobre motores e sistemas de abastecimento, conforme previsto na lei do Combustível do Futuro”, anuncia.
O ministério ainda afirma que a criação do subcomitê reforça o compromisso da pasta com a implementação técnica do Combustível do Futuro e com a integração entre governo, setor privado e academia. “A iniciativa fortalece a agenda de transição energética justa, segura e inclusiva conduzida pelo Governo do Brasil, estimulando a inovação, a segurança energética e a descarbonização do setor de transportes”, completa.
