Zilor amplia produção, fortalece mix açucareiro e fecha semestre com receita de R$ 1,8 bilhão.
A Zilor apresentou um desempenho operacional mais forte no segundo trimestre da safra 2025/26, com recuperação da moagem, evolução da produtividade agrícola e avanços nas produções de açúcar, etanol e bioeletricidade. No acumulado dos seis primeiros meses da safra (6M26), a companhia processou 10,0 milhões de toneladas de cana, um crescimento de 15,9% frente ao mesmo período do ciclo anterior, conforme divulgado no início desta semana em seu relatório de resultados.
A moagem avançou em todas as unidades: Lençóis Paulista registrou 6,4 milhões de toneladas (+0,1%), Quatá atingiu 2,4 milhões (+7,4%) e Lucélia encerrou com 1,2 milhão. A produtividade agrícola somou 82,6 t/ha, alta de 1,6% na comparação anual, refletindo investimentos no manejo e no fortalecimento do canavial. As unidades apresentaram desempenhos distintos, com 81,5 t/ha em Lençóis Paulista (-4,3%), 83,5 t/ha em Quatá (+17,1%) e 87,6 t/ha em Lucélia. O ATR médio ficou em 135,9 kg/ton, leve retração de 2,2%.
A produção de açúcar totalizou 647 mil toneladas no 6M26 — sendo 296 mil toneladas de açúcar branco, 292 mil de bruto e 59 mil de FS — com avanço do mix açucareiro para 48,2%, acima dos 46,3% do ciclo anterior. No etanol, a priorização do hidratado acompanhou a demanda do mercado, resultando em 411 mil m³ produzidos, dos quais 243 mil m³ foram de anidro e 168 mil m³ de hidratado.
A cogeração de bioeletricidade cresceu 19,1%, alcançando 564 mil MWh exportados, sustentada pela plena disponibilidade dos projetos de ampliação. Nas vendas, o açúcar somou 384 mil toneladas comercializadas, a um preço médio de R$ 2.174 por tonelada, enquanto o etanol atingiu 243 mil m³, com preço médio de R$ 2.762 por m³.
Resultados financeiros mostraram avanço consistente no semestre
A receita líquida consolidada da Zilor chegou a R$ 1,799 bilhão no 6M26, alta de 19,6% frente ao mesmo período da safra anterior. O EBITDA ajustado registrou R$ 850,8 milhões, aumento de 22,7%, com margem de 47,3%. O lucro líquido atingiu R$ 438 milhões, enquanto o lucro líquido ajustado somou R$ 429 milhões, representando margem de 24,4%.
A dívida bruta totalizou R$ 3,6 bilhões, 6,6% acima do período anterior, enquanto a dívida líquida encerrou setembro de 2025 em R$ 1,811 bilhão. A alavancagem, medida pela relação Dívida Líquida/EBITDA ajustado, ficou em 1,44 vez, e a liquidez corrente ajustada atingiu 2,86 vezes.
A estratégia de hedge se manteve ativa: para a safra 25/26, a companhia já fixou 266 mil toneladas de açúcar a R$ 2.427 por tonelada; para 26/27, 287 mil toneladas foram fixadas a R$ 2.535 por tonelada. A exposição está 80% fixada na safra atual e 72% na próxima. A companhia também destacou a emissão de R$ 300 milhões em CRA voltado a iniciativas ESG e avanços em programas de diversidade, segurança e saúde mental.

