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Na Índia, feira sobre futuro da mobilidade destaca soluções baseadas no etanol

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Mato Grosso é o 2º estado com o menor preço médio de venda do etanol do Brasil, mesmo com as últimas altas no valor desse combustível.

De 1º a 3 de fevereiro, mais de um milhão de pessoas devem visitar a Bharat Mobility Expo 2024, em Nova Déli. Evento conta com mais de 600 expositores.

Uma feira com olhar voltado para o futuro da mobilidade reúne, entre os dias 1º e 3 de fevereiro, mais de 600 expositores de mais de 50 países em Nova Déli, na Índia, para apresentar ao mundo soluções inovadoras para veículos e sua cadeia de valor. E o Brasil estará presente, mostrando aos visitantes da Bharat Mobility Expo 2024 por que o etanol é parte da solução para a mobilidade sustentável.

A participação do Brasil, segundo maior produtor mundial de etanol, é uma iniciativa da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o Arranjo Produtivo Local do Álcool (APLA) e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), por meio da Embaixada do Brasil em Nova Déli.

“O Brasil ocupa uma posição privilegiada quando falamos em soluções para a redução da pegada de carbono dos veículos. Temos mais de 40 anos de expertise na produção de etanol, uma tecnologia do presente e do futuro, que pode inclusive ser aliada à eletrificação, como mostraremos na Bharat Mobility Expo 2024”, afirma a diretora-executiva da UNICA, Patrícia Audi.

EXPOSIÇÃO

O espaço brasileiro terá 300 metros quadrados e está inserido no Pavilhão “Soluções baseadas na natureza”, promovido pela Associação dos Fabricantes dos Automóveis Indianos (SIAM). Nele, o visitante poderá conhecer sobre a experiência do Brasil com etanol, a partir de uma cadeia de valor fincada na sustentabilidade, além de saber mais sobre os benefícios do etanol para o meio ambiente, a saúde das pessoas e para melhorar a qualidade do ar nas cidades.

Também estarão em exposição modelos de veículos e motos com tecnologia flex, que permitem o abastecimento tanto com gasolina quanto com etanol, ou com os dois combustíveis, em qualquer proporção. Um desses modelos é o híbrido-flex, que alia um motor a combustão interna, abastecido com etanol, a um motor elétrico, obtendo alta eficiência energética.

O híbrido-flex é fabricado no Brasil desde 2019 e possui um sistema que se recarrega automaticamente com o funcionamento do veículo, não sendo necessária infraestrutura de recarga, e pode alcançar o dobro de quilômetros com a mesma quantidade de combustível de um carro convencional. Em relação ao impacto ambiental, se for considerado o ciclo de vida do etanol, a redução de emissões do híbrido-flex é estimada em 70%.

COOPERAÇÃO

O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, depois dos Estados Unidos, e abriga a maior frota mundial de carros que usam etanol como combustível. Atualmente, toda gasolina brasileira é composta por 27% de etanol – e tramita no Congresso Nacional projeto para ampliar essa mistura para 30%.

A Índia também tem um forte foco em biocombustíveis e antecipou em cinco anos, para 2025, a meta de alcançar uma mistura de 20% de etanol na gasolina. “O etanol é uma opção moderna e sustentável para a mobilidade, capaz de gerar impactos positivos imediatos na segurança energética do país”, reforça Flávio Castellari, diretor-executivo do APLA.

O uso do etanol no Brasil, nos últimos 20 anos, evitou a emissão de mais de 660 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. A título de comparação, é como se fossem plantadas mais de 5 bilhões de árvores nativas. Em termos econômicos, mais de 110 bilhões de litros de combustíveis fósseis deixaram de ser consumidos desde 2003 devido ao uso de etanol, uma economia de custos estimada em mais de US$ 50 bilhões, trazendo enormes benefícios ambientais e econômicos para o país.

Na Índia, o programa Etanol oferece uma alternativa de diversificação de mercado aos quase 50 milhões de produtores de cana do país, que atualmente dependem da produção de açúcar. Não por acaso o país asiático liderou, ao lado Brasil e dos Estados Unidos, a Aliança Global de Biocombustíveis (GBA, na sigla em inglês), que já conta com a adesão de mais 19 países e 12 organizações internacionais.

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