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“Pareciam piratas”: Quadrilha roubava açúcar em ferrovias da região de Ribeirão Preto

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Empresário de Guariba (SP) é suspeito de receptar mercadorias roubadas para vendê-las a outros estados

A Polícia Civil detalhou como agia a quadrilha especializada em roubar cargas de açúcar em ferrovias da região de Ribeirão Preto (SP). Uma operação deflagrada na manhã desta sexta-feira, 14, mirou líderes do grupo criminoso, entre eles um empresário de Guariba (SP).

Em entrevista coletiva também nesta sexta, o delegado Claudinei Nicotari, responsável pelas investigações, comparou o método utilizado pela quadrilha ao de piratas.

“Pareciam piratas. Eles sobem nos vagões, param as composições cortando mangueiras de ar e oferecendo risco muito grande à comunidade. De cima, eles começam a tirar esses açúcares para o chão”, relata.

As apurações, que começaram em novembro de 2023, apontam que após roubos ou furtos, as cargas eram ensacadas e vendidas a estados do Nordeste por meio de notas fiscais fraudadas, emitidas em nomes de laranjas.

“Esses açúcares são levados para dentro da comunidade, de lá, são transportados para um armazém, onde eles dão a cara de licitude, como se fosse um produto pronto para voltar ao mercado. Então, eles eram revendidos”, afirma Nicotari.

Operação Rapadura

No total, foram cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão cumpridos em Ribeirão Preto, Guariba e Pradópolis (SP). Entre os alvos dos mandados de prisão está o empresário de Guariba suspeito de receptar as cargas roubadas e liderar a quadrilha.

Já o outro mandado é contra um homem considerado “braço direito” do empresário. Até a última atualização desta reportagem, apenas esse segundo suspeito havia sido preso, enquanto o empresário seguia foragido.

Segundo o delegado Kleber Granja, também à frente das investigações, a identificação nos últimos meses de suspeitos de realizar os roubos e a apreensão das cargas roubadas ajudaram a identificar o líder da quadrilha, o que resultou na operação desta sexta-feira, chamada de Rapadura.

“Identificamos as células que estavam realizando os ataques, quem estava transportando [a carga roubada] e para onde ela estava sendo transportada, os galpões onde estava sendo ensacada, processada e, a partir dali, transportada a outros estados. É assustadora a metodologia empregada por essa organização criminosa”, afirma.

Os suspeitos devem responder pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

G1/Globo

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