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Perspectiva de menor exportação pela Índia sustenta alta nos preços do açúcar

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Os contratos de açúcar fecharam em alta nesta segunda-feira, 24, apoiados pela possibilidade de exportações menores pela Índia. O contrato do açúcar bruto com vencimento em março de 2026 subiu 0,04 centavo de dólar, ou 0,3%, indo a 14,82 centavos de dólar por libra-peso. Por sua vez, o contrato mais ativo do açúcar branco subiu 0,2%, para US$ 424,90 por tonelada.

As cotações seguem consolidando níveis abaixo das máximas de um mês alcançadas na última quarta-feira. O mercado tem encontrado suporte na notícia recente de que o Ministério de Alimentos da Índia considera elevar o preço do etanol destinado à mistura com gasolina. A medida poderia estimular as usinas indianas a direcionarem mais moagem de cana para etanol, reduzindo a oferta de açúcar.

Os preços também recebem influência da informação divulgada em 14 de novembro, quando o governo indiano afirmou que permitirá a exportação de 1,5 milhão de toneladas de açúcar na safra 2025/26 — abaixo da expectativa anterior de 2 milhões de toneladas. A Índia passou a adotar um sistema de cotas para exportação em 2022/23, após chuvas tardias reduzirem a produção e apertarem a oferta interna.

Os analistas da Green Pool disseram que as usinas do Brasil, maior produtor global da commodity, estão encerrando a safra mais cedo do que o normal e que os estoques de etanol estão 20% mais baixos do que no mesmo período do ano passado, dando suporte aos preços do açúcar e do etanol.

No campo baixista, a Organização Internacional do Açúcar (ISO) projetou na última segunda-feira um superávit global de 1,625 milhão de toneladas em 2025/26, após um déficit de 2,916 milhões de toneladas em 2024/25. Segundo a entidade, o excedente será impulsionado pelo aumento da produção na Índia, Tailândia e Paquistão. Em agosto, a ISO estimava déficit de 231 mil toneladas para o mesmo ciclo. A previsão atual é de um crescimento de 3,2% na produção global, totalizando 181,8 milhões de toneladas em 2025/26.

A expectativa de ampla oferta global pressionou significativamente os preços ao longo do último mês. Em 13 de novembro, o açúcar branco em Londres atingiu a mínima de 4 anos e 9 meses (SWZ25). Já em 6 de novembro, o açúcar bruto em Nova York recuou ao menor nível em 5 anos (SBH26), principalmente devido ao aumento da produção no Brasil e às projeções de superávit mundial. Em 5 de novembro, a trading Czarnikow elevou sua estimativa de superávit global para 2025/26, passando de 7,5 milhões para 8,7 milhões de toneladas — um acréscimo de 1,2 milhão de toneladas.

Com informações da Barchart

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