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Pesquisadores testam variedades de cana-de-açúcar para melhorar a produção no Acre

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Em uma área na Universidade Federal do Acre (Ufac) foram plantadas seis variedades de cana-de-açúcar. Todas foram trazidas da Universidade Federal do Mato Grosso, que pertence à rede de universidades federais inseridas na Ridesa, a rede interuniversitária para o desenvolvimento do setor sucroenergético.

A Ridesa trabalha com o melhoramento genético da cana-de-açúcar. Para testar essas culturas que já são utilizadas em todo o Brasil e no mundo, em 2023 o professor e pesquisador da Ufac, Eduardo Mattar, foi até Mato Grosso para trazer essas variedades para o estado.

A ideia do projeto é multiplicar variedades que tenham potencial de serem cultivadas no Acre e selecionar, dos materiais que foram trazidos, os mais promissores para as condições climáticas do estado, visando atender, especialmente, pequenos produtores, tanto da produção de açúcar quanto da criação de bovinos.

“Aqui no Acre, há variedades tradicionais – e a gente não quer descartar essas variedades –, mas estamos testando novos materiais que esperamos que sejam mais produtivos e que tenham um menor florescimento”, afirma e explica: “O florescimento, do ponto de vista produtivo, não é interessante porque, quando a cana emite o pendão, essa flor está roubando açúcar do caule”.

Até o momento, nenhuma variedade apresentou esse florescimento, que diminui a qualidade do produto. Geralmente, nas plantações do Acre, o fenômeno ocorre no mês de janeiro e, por isso, os pesquisadores estão otimistas. Caso as previsões se concretizem, os produtores serão beneficiados.

“Para um produtor que trabalha com cana, o ideal seria ele ter uma maior oferta durante o ano. Então, o pequeno produtor ou até mesmo o médio e grande, trabalha com o que a gente chama de manejo varietal de cana: ele cultiva de forma separada, em diferentes talhões, diferentes variedades de cana, porque elas têm uma maturação diferente”, pontua.

Airton Henrique Koike foi um dos alunos que participaram da implantação desse projeto. Hoje formado em agronomia, ele utiliza os conhecimentos adquiridos nesse período para ajudar os produtores e melhorar suas possibilidades de trabalho.

“Aprendi bastante sobre a cultura da cana e as perspectivas para o estado, que tendem a melhorar bastante os meios de produção, podendo estender por maior tempo a produção”, diz.

Os estudos também servem para avaliar a tolerância a pragas e doenças, como a cigarrinha das pastagens, que inclusive já apareceu nessas plantações.

“É necessário identificar a espécie. Possivelmente é a Mahanarva fimbriolata, que é a mais comum em cana-de-açúcar e também em pastagens, e usar controle biológico”, explica o professor e pesquisador Vanderley Borges.

Ele afirma que também pode ser usado o controle químico, mas a principal recomendação é o biológico. “É o mais barato e o mais ecológico. No nosso caso, vamos testar qual das dificuldades ocorrem e identificar. Não será necessário nesse experimento fazer controle, vamos apenas identificar onde ocorreu”, completa.

G1/Jardel Angelim

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