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Plantações devastadas e veículos queimados: Fantástico mostra avanço das chamas no interior de SP
O Fantástico percorreu 700 quilômetros de área afetada pelos incêndios no norte de São Paulo. A combinação de temperaturas acima da média, umidade relativa do ar bem baixa, correntes de vento e a ação do homem está provocando incêndios devastadores em vários estados do Brasil.
Entre a segunda-feira(19) e o sábado(24), foram registrados mais de 3.500 focos de incêndio no estado de São Paulo. “Seria difícil de conceber uma situação de tantos focos de incêndio em tantos pontos distintos e que todos fossem combustão espontânea”, afirma Bruno Bainy, meteorologista da Unicamp.
E condições climáticas ajudaram a alastrar fogo e fumaça. “Os acumulados de chuva eram muito pequenos nas semanas que antecederam esse evento. A condição de temperaturas muito elevadas e de baixa umidade relativa do ar também contribuíram pra que esses focos conseguissem vingar e os ventos intensos também”, explica Bruno Bainy, meteorologista da Unicamp.
Durante toda esta semana, bombeiros e brigadas de incêndio das usinas de cana trabalharam para conter focos, mais de 8 mil locais, entre fazendas, chácaras e sítios, foram afetados. A Defesa civil usou até imagens de infravermelho gravadas por um drone para identificar os focos e agilizar o combate.
Um pátio da Polícia civil, que guardava veículos aprendidos em Ribeirão Preto e outros 14 municípios da região, teve 98% dos carros destruídos. O canavial ao redor desapareceu.
A investigação sobre uma possível autoria criminosa de incêndios já identificou 14 suspeitos. Seis foram presos e quatro seguem detidos.
O prejuízo estimado do agronegócio é de R$1 bilhão. Desde a semana passada, 2 pessoas morreram e 66 ficaram feridas por causa do fogo. O sofrimento também atinge os animais. A maioria chega aos centros de reabilitação com queimaduras de terceiro grau.
Novos incêndios
Esse mapa mostra como a área da faixa roxa, de emergência para novos incêndios, vai crescer até a próxima terça ( 3), cobrindo quase todo o estado.
“Especialmente na primeira quinzena de setembro a gente deve ter um quadro mais grave de temperaturas elevadas e de baixa umidade relativa do ar”, afirma Bruno Bainy, meteorologista da Unicamp.