A política de preços praticada pela Petrobrás, com adoção de diretrizes baseadas no mercado interno, e não no exterior, passará por mudanças. A informação foi divulgada em entrevista concedida hoje, 05, pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao programa Conexão Globo News.
De acordo com ele, a atual política que se baseia nas movimentações internacionais são um “verdadeiro absurdo”. Durante a entrevista, ele afirmou que a medida deve provocar redução entre R$ 0,22 e R$ 0,25 no preço do litro do diesel.
“O tal PPI [Preço por Paridade de Importação] é um verdadeiro absurdo. Nós temos que ter o que eu tenho chamado de PCI, Preço de Competitividade Interno”, disse em entrevista.
Ainda de acordo com o ministro, a empresa vai voltar a ter função de amortecimento para diminuir o impacto de crises internacionais no preço dos combustíveis nas refinarias brasileiras.
“A Petrobras vai continuar sendo respeitada na sua governança, vai continuar sendo respeitada na sua natureza jurídica. Mas nós vamos exigir da Petrobras, como controladores da Petrobras, que ela respeite o povo brasileiro. Que ela cumpra o que está nas Lei das Estatais e na Constituição Federal, sua função estatal, que é criar um colchão de amortecimento nessas crises internacionais de preço dos combustíveis”, disse.
Ele ainda continuou: “Isso vai resolver em definitivo o problema quando a gente tiver uma crise internacional? Não. Não vamos iludir ninguém, nós vamos estar sempre suscetíveis às questões da volatilidade internacional. Mas a Petrobras tem sim muito para poder contribuir com a questão social brasileira”.
Ao assumir o ministério, em janeiro, o ministro já havia indicado interesse em mudanças nas diretrizes. Em discurso, ele disse que é preciso preservar o consumidor da volatilidade do preço no mercado internacional.
“Precisamos implementar um desenho de mercado que promova a competição, mas que preserve o consumidor da volatilidade do preço dos combustíveis”, afirmou.
Já em fevereiro, Silveira afirmou que a discussão sobre a política de preços da Petrobras se aprofundaria no governo federal. À ocasião, alegou que a pauta era muito “sensível” e precisava ser tratada com “cautela”.
Informações do G1