Edição 187
Por dentro da usina
CERES tem AVAL DA CTNBIO PARA LIBERAÇÃO PLANEJADA DE CANA TRANSGÊNICA
O primeiro semestre de 2017 deve marcar o início da liberação comercial de variedades de cana-de-açúcar geneticamente modificadas. Antes disso, no entanto, há outro passo que precisa ser dado por empresas de pesquisa e desenvolvimento: a liberação planejada. Em janeiro, a companhia de biotecnologia Ceres Sementes do Brasil conquistou um parecer favorável do presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Edivaldo Domingues Velini. Com isso, a empresa poderá fazer a liberação planejada de uma variedade de cana-de-açúcar resistente a insetos e tolerante a herbicidas.
O documento permite que sejam realizados experimentos com a nova variedade em Conchal, SP. A área total será de 1,86 ha, mas apenas uma parcela, 0,97 ha, será efetivamente ocupada com cana transgênica. A princípio, a liberação planejada já havia sido decidida em uma reunião da CTNBio no começo de dezembro, mas a publicação demorou mais de um mês para ser realizada pelo órgão.
USINA CAMPO FLORIDO É RECOMENDADA COMO FORNECEDORA DE AÇÚCAR PARA A COCA-COLA
A unidade Campo Florido, da Coruripe, foi recomendada para ser fornecedora de açúcar cristal granulado da Coca-Cola. Após duas auditorias, a empresa recebeu elogios por sua organização, padronização e pela qualidade do sistema de gestão. Durante o processo, foram coletadas várias amostras do açúcar produzido na usina. Em seguida, o material seguiu para análise em laboratórios de reconhecimento mundial.
A novidade foi anunciada pelo presidente da empresa, Jucelino Sousa, durante comunicado enviado a todos os colaboradores. “Cada colaborador de Campo Florido é responsável por essa conquista, que é muito valiosa para a empresa. Hoje estamos colhendo os frutos de um trabalho sério e competente. Parabéns a todos”, comemorou o presidente.
CULTIVAR LEVA PARCEIROS A CONCERTO DO MAESTRO JOÃO CARLOS MARTINS
O programa Cultivar convidou alguns produtores de cana-de-açúcar para prestigiar a apresentação da orquestra Octeto Bachiana, na Esalq, na última semana janeiro, em Piracicaba, SP. O grupo participou de um coquetel que contou com a presença de executivos da Raízen, diretoria da Esalq e do maestro João Carlos Martins.
O Cultivar é pioneiro no setor sucroenergético e busca gerar benefícios, aumentar produtividade e reduzir os custos operacionais dos produtores. Além disso, o programa vem promovendo iniciativas culturais de muito valor para seus parceiros. Para Jurandir Junior, gerente de Fidelização da Raízen, “a oportunidade de estar próximo dos produtores e proporcionar momentos de cultura reforça essa relação de parceria”.
O programa foi criado pela Raízen há três anos e vem apresentando excelentes resultados e sólidas parcerias, com a participação de 280 produtores de cana-de-açúcar. O intuito da companhia é cooperar com seus produtores de cana em todas as etapas do processo produtivo e construir juntos uma proposta de valor do programa.
SÃO MARTINHO INVESTE R$ 40 MILHÕES EM 4G
Integrar 5 mil equipamentos e 13 mil funcionários, em todas as fases do negócio do plantio e colheita da cana-de-açúcar até o seu transporte para as linhas de processamento industrial é a meta do Grupo São Martinho, que investirá R$ 40 milhões até 2020 para criar um ambiente 4G em todas as suas usinas no país.
Na falta de internet abrangente, o grupo fechou uma parceria com o CPqD (Centro de Pesquisa em Desenvolvimento em Telecomunicações) para desenvolver dispositivos de conectividade total para as suas operações, no mais ousado caso de inovação na área. A usina deverá ter seus 130 mil ha conectados já no fim do ano. Passada a primeira etapa, a tecnologia será expandida para as usinas de Santa Cruz, em Iracema, SP e Boa Vista, GO, somando 300 mil ha. “Até 2020, estaremos online do campo ao escritório”, diz Walter Maccheroni, assessor de Tecnologia e Inovação da São Martinho.
O CpQD desenvolverá equipamentos 4G para aclopar nas torres de rádio das usinas, que transmitirão os dados de campo à central de operações agrícolas. O grupo protocolará na Anatel a exclusividade da frequência, para evitar roubo de dados.
À BEIRA DA FALÊNCIA, USINA DE BUMLAI ESTÁ NOS PLANOS DE GRUPO ARGELINO
A Usina São Fernando está entre as indústrias sucroalcooleiras com problemas financeiros que despertaram interesse de conglomerados de países emergentes e fundos de investimento. O grupo Cevital, maior companhia privada da Argélia, já demonstrou interesse em adquirir a São Fernando, que está em recuperação judicial e enfrenta vários pedidos de falência na Justiça em Dourados.
Fontes ligadas às negociações informaram ao jornal paulistano que a expectativa é de alguns desses negócios saírem do papel ainda neste ano. Além do Cevital, outro grupo de país emergente interessado em comprar indústrias no Brasil está o Fatima, um dos maiores do Paquistão.
O Cevital é dono da maior refinaria de açúcar do mundo e atua em diversos segmentos do agronegócio, da indústria e do setor automotivo em vários países. As mesmas usinas também estão sendo monitoradas por fundos de investimento. Na lista de gestoras de fundos e consultorias que vêm colhendo informações sobre as indústrias estão o Amerra, o Proterra Investments Partners (que tem como um dos acionistas a Cargill), o Castlelake e a RK Partners.