Os preços médios do açúcar cristal negociados no mercado spot do estado de São Paulo seguem em queda. Segundo pesquisadores do Cepea, ao longo da semana passada, a pressão veio sobretudo da desvalorização externa. No geral, no spot doméstico, a oferta do cristal de melhor qualidade, o tipo Icumsa 150, segue restrita, e chuvas no início de junho, inclusive, dificultaram a produção. Porém, nem mesmo esse cenário tem dado sustentação aos preços internos do adoçante. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, voltou a operar na casa dos R$ 120/saca de 50 kg, patamar que não era verificado desde outubro de 2022.
Os preços do açúcar cristal no mercado spot de São Paulo iniciaram junho com novas quedas, apontam levantamentos do Cepea. De maneira geral, pesquisadores explicam que o ritmo das negociações envolvendo o cristal de melhor qualidade (Icumsa 150 – 180) continuou lento. No balanço de 2 a 6 de junho, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 133,22/saca de 50 kg, recuo de 0,98% frente à do período anterior. No acumulado de maio, o Indicador caiu 7,2%. Segundo o Centro de Pesquisas, outro fator que influenciou a desvalorização doméstica foi a maior oferta de cristal de pior qualidade. As vendas e a liquidez têm sido maiores para esse açúcar de qualidade inferior. Assim, na última semana, o preço médio desse produto ficou 16,00 Reais por saca de 50 kg abaixo da média do Indicador CEPEA/ESALQ. Quanto às exportações, dados da Secex analisados pelo Cepea mostram que o Brasil embarcou 2,257 milhões de toneladas de açúcares e melaços em maio/25, recuo de 19,6% em relação ao mesmo mês de 2024. No acumulado de 2025 (até maio), o País exportou 9,526 milhões de toneladas de açúcar, 29,6% a menos que em igual intervalo de 2024.