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Preço do milho reage, com colheita praticamente encerrada
Nos últimos dias, o mercado de milho brasileiro tem apresentado uma significativa mudança nos preços, refletindo a dinâmica atual de oferta e demanda. Uma análise dos dados de agosto revela uma inversão na tendência observada nas semanas anteriores. A situação mudou significativamente na semana do dia 18, quando os preços do milho reagiram e começaram a subir em várias praças acompanhadas pelo Cepea.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, que mede os preços na região de Campinas (SP), alcançou R$ 60,12 por saca de 60 kg, o maior patamar desde 9 de abril deste ano. Essa recuperação nos preços foi impulsionada pela quase conclusão da colheita da segunda safra, que levou os produtores a reduzir o volume de lotes ofertados no mercado spot nacional. Apesar do aumento nos preços, as valorizações foram moderadas pela demanda interna e externa ainda enfraquecida.
Na semana anterior, do dia 11 de agosto, os preços do milho estavam em queda mesmo apesar das novas estimativas indicando produções brasileira e global inferiores às da temporada anterior. A queda nos preços foi atribuída pelos pesquisadores do Cepea, à demanda interna enfraquecida, que resultou em negócios lentos e a adoção de diferentes posturas por parte dos vendedores. Enquanto em Mato Grosso os produtores estavam mais flexíveis devido à maior disponibilidade do produto, em São Paulo, a expectativa de finalização da colheita levou a uma limitação nas vendas.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até 18 de agosto, 96,4% da área nacional havia sido colhida, com as regiões restantes sendo Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná. Essa conclusão da colheita, combinada com uma oferta reduzida no mercado, contribuiu para o recente aumento nos preços.