Preços do açúcar permanecem fracos diante da oferta brasileira, mas se recuperam

O açúcar de NY caiu na terça-feira para uma nova baixa, mas depois se recuperou com algumas coberturas a descoberto para fechar ligeiramente em alta. O açúcar bruto com vencimento em março subiu 0,5%, para 22,59 centavos de dólar por libra-peso. O contrato estabeleceu uma mínima de oito meses e meio no início da sessão, com 21,48 centavos de dólar, devido à venda contínua de fundos.

Um dos fatores de baixa é a produção brasileira. A Unica informou ontem, 12, que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil aumentou 35% na segunda quinzena de novembro e que a produção de açúcar na safra 2023/24 até novembro aumentou 23,5% para 40.817 milhões de toneladas. Enquanto isso, o Brasil exportou 3,7 milhões de toneladas de açúcar em novembro, marcando um novo recorde para o mês.

Os comerciantes disseram à Reuters que uma mudança na política de etanol da Índia na semana passada, que deve aumentar a oferta doméstica de açúcar, também contribuiu para a recente queda nos preços.

Na semana passada, o Ministério da Alimentação da Índia instruiu as usinas de açúcar locais a pararem de usar suco e xarope de cana-de-açúcar para produzir etanol no ano de fornecimento de 2023/24 para aumentar as reservas de açúcar. Especialistas em commodities do Green Pool disseram que isso poderia adicionar 2 milhões de toneladas de açúcar ao abastecimento interno da Índia.

Por outro lado, a Thai Sugar Millers Corp projetou em 1º de novembro que a produção de açúcar da Tailândia em 2023/24 cairia 36%, para um mínimo de 17 anos de 7 milhões de t devido a uma seca severa. Até agora, neste ano, a precipitação na Tailândia está bem abaixo do mesmo período do ano passado, e o início do sistema climático El Niño poderá reduzir ainda mais a precipitação nos próximos dois anos. A Tailândia é o terceiro maior produtor de açúcar e o segundo maior exportador de açúcar do mundo.

Informações da Barchart e Reuters