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Preços do milho seguem em alta no Brasil
Os preços do milho no mercado doméstico continuam a apresentar uma tendência de alta, conforme evidenciam os levantamentos recentes do Centro de Estudos Avançados em Economia (Cepea).
Na primeira semana de setembro, o Cepea já sinalizava que os preços do milho estavam em alta no mercado doméstico. Os pesquisadores atribuíam essa valorização a uma combinação de fatores, incluindo as recentes valorizações externas e internas, além de preocupações com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão no Brasil. A limitação da oferta por parte dos vendedores, que estavam atentos às condições climáticas e à demanda aquecida, também contribuía para essa alta.
A demanda internacional pelo milho brasileiro estava em expansão, e compradores internos estavam retomando as negociações, seja para recompor estoques ou por receio de novas valorizações. Os embarques de milho em agosto totalizavam 6,06 milhões de toneladas, praticamente o dorbo das 3,55 milhões escoadas em julho, mas ainda 35% abaixo do volume registrado em agosto de 2023.
Por outro lado, na semana do dia 8, o Cepea relatou que a alta dos preços continuava, com um aumento acumulado de 4,8% em setembro até o dia 12. A saca de 60 kg do milho atingiu R$ 63,50 na região de Campinas (SP), o maior patamar nominal desde janeiro deste ano. “Esse aumento não foi contido nem pelas estimativas de produções elevadas no Brasil e no mundo fornecidas pela Conab e pelo USDA. A retração dos vendedores no mercado spot e para entregas futuras, combinada com o clima quente e seco, continuou a pressionar os preços para cima. A demanda interna e externa aquecida também teve um papel significativo na manutenção da alta”, afirmam os pesquisadores do Cepea.