A Raízen informou que a moagem de cana no segundo trimestre da safra 2025/26 alcançou 35,1 milhões de toneladas, frente a 32,9 milhões no mesmo período anterior. Segundo o CFO e Diretor de Relações com Investidores, Rafael Bergman, o clima favoreceu a aceleração da colheita, mas no acumulado da safra a produtividade agrícola e a disponibilidade de cana foram afetadas por queimadas, geadas, pela venda de 1,3 milhão de toneladas de cana e pela desmobilização da Usina Santa Elisa.
O ATR médio recuou de 147 para 142 kg/ton e o TCH caiu de 76 para 73 ton/ha em comparação com o 2T 24/25. Ainda assim, a qualidade da matéria-prima possibilitou a maximização da produção de açúcar, que somou 4,779 milhões de toneladas, alta de cerca de 30% em relação às 3,669 milhões de toneladas do ciclo anterior. O mix de produção foi de 56% açúcar e 44% etanol.
No etanol, as vendas caíram para 817 mil m³, acompanhando a menor produção. Já o etanol de segunda geração (E2G) registrou forte avanço, passando de 15 mil m³ para 42,9 mil m³ no trimestre, resultado do desempenho das plantas Univalem, Barra e Bonfim.
Nas vendas de açúcar, foram embarcadas 1,504 milhão de toneladas, em linha com o planejamento da safra atual. Bergman lembrou que, no ciclo anterior, houve uma concentração atípica de vendas no primeiro semestre.
Na bioenergia, a cogeração de energia própria somou 755 mil MWh, levemente abaixo dos 783 mil MWh do mesmo período de 2024, reflexo da menor disponibilidade de biomassa.
No segmento de distribuição de combustíveis, o volume comercializado no Brasil ficou entre 7.400 e 7.500 mil m³, contra 7.004 mil m³ no 2T 24/25. Segundo Bergman, o resultado segue em linha com o plano operacional da companhia e com as medidas de combate ao mercado ilegal. Na Argentina, os volumes chegaram a 1.750 a 1.800 mil m³, frente a 1.613 mil m³ do ano anterior, com destaque para a parada programada destinada ao aumento da eficiência da refinaria.
Os resultados auditados referentes ao 2T 25/26 serão divulgados em 14 de novembro de 2025, após o fechamento do mercado. Até lá, a empresa permanece em período de silêncio.
Natália Cherubin para RPAnews
