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Raízen tem 24% de mulheres em cargos de liderança, mas quer chegar a 30% até 2025

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A Raízen, maior grupo sucroenergético do Brasil, tem atualmente 19% de mulheres em seu quadro geral de colaboradores, e esse número já é maior do que o registrado há 5 anos, quando a companhia tinha 13,8% de colaboradoras. A meta é alcançar, até 2025, ao menos 30% de mulheres em cargos de liderança, desafio que considera tanto a captação de novos talentos quanto o desenvolvimento de carreiras. A companhia está bem próxima de atingir esse objetivo. Nessa safra atual, de acordo com Adriana Barrozo de Oliveira, diretora de Gente da Raízen, esse número já chega a 24%.

A presença feminina está em todos os níveis hierárquicos da Raízen. Desde 2017, a companhia atua orientada por um Comitê de Diversidade e Inclusão, que reúne líderes e funcionários de diferentes áreas e níveis hierárquicos, na elaboração de ações, políticas e procedimentos que ampliem a diversidade em seu quadro funcional. Essa ambição faz parte dos compromissos públicos da Raízen para até 2030, com temas que estão alinhados a 14 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da agenda global da Organização das Nações Unidas (ONU).

O trabalho para aumentar a representatividade e a diversidade de pessoas é contínuo. O programa de base, Talentos Raízen, que é realizado anualmente, proporciona resultados cada vez mais expressivos para o aumento da representatividade e da diversidade na companhia, acrescentado mais de 250 estagiários e estagiárias, com 52% das vagas preenchidas por mulheres. Além disso, no processo seletivo de 2021 para trainee, 90% das contratações foram de mulheres.

“Estimulamos a participação feminina por meio de importantes canais de acesso a oportunidades na companhia, que são os cursos que oferecemos em parceria com o Senai para qualificação profissional e formação de aprendizes. Em 2022, o número de vagas ofertadas por esses cursos profissionalizantes foi ampliado de 573 para 650”, explica Adriana.

A companhia também valoriza diálogos abertos e criou momentos de escuta, com rodas de mulheres. Além disso, consolidou uma cadeira de gênero/mulheres no Comitê de Diversidade e Inclusão e vinculou a grupos orgânicos que atuavam com a proposta dentro da empresa. Além disso, impulsionou seus funis de contratação para que tenham ao menos 30% de mulheres nos processos de recrutamento e seleção.

A Raízen faz parte do Movimento Mulher 360, grupo com mais de 50 grandes empresas comprometidas com a diversidade e a ampliação da participação feminina no ambiente corporativo. Como também é signatária da ONU Mulheres. Em agosto de 2021, a companhia também foi certificada com o selo Women on Board, iniciativa apoiada pela ONU Mulheres que reconhece a presença do gênero em conselhos empresariais.

“Outra iniciativa é o apoio ao movimento Mulheres no Agro, no qual promovemos edições da Conferência Mulheres no Agro, evento que conecta talentos e permite o debate qualificado e inspirador entre mulheres que atuam no agronegócio. Além disso, fomentamos constantemente essa perspectiva de que o agro também tem espaço para muitas mulheres”, conta a diretora de Gente da Raízen.

De acordo com Adriana Barrozo de Oliveira, diretora de Gente da Raízen, a meta da companhia é alcançar, até 2025, ao menos 30% de mulheres em cargos de liderança. (Crédito: Divulgação)

Mulheres engajadas e organizadas

Hoje, há mais mulheres interessadas em trabalhar em ambientes, antes muito mais ocupados pelos homens, como operação de trator e colhedoras, por exemplo. Em 2019, por exemplo, a Raízen começou uma busca por colaboradoras para a manutenção automotiva agrícola.

Naquela época, de acordo com Adriana, não havia mulheres formadas em áreas da mecânica, por isso contamos com um forte apoio do Programa Jovem Aprendiz, que ajuda na busca de mão de obra qualificada conectada com a questão da diversidade e inclusão, e também com a parceria do Senai, onde realizamos palestras de sensibilização para atrair alunas para os cursos técnicos.

“Até aquela época, as mulheres não sabiam que elas tinham condições de trabalhar com mecânica, porque achavam que era atividade masculina, ou mesmo que era preciso força física, o que as impedia de tentar entrar na área. Foi por meio das iniciativas que fizemos com esses dois parceiros, que o cenário foi mudando e fomos recebendo cada vez mais jovens interessadas nos cursos. Durante os anos de 2019 e 2020, as palestras aconteceram nos municípios de Araçatuba (SP), Jataí (GO) e Araraquara (SP). No Senai dessa última cidade, por exemplo, formamos 28 aprendizes de turma de 29 alunos ao todo. Sem dúvida é um case de sucesso”, adiciona Adriana.

As mulheres que trabalham no agro são engajadas e organizadas, de acordo com ela, que destaca que para trabalhar no campo é preciso ter capacidade de se adaptar, uma vez que existem vários fatores que podem impactar negativamente algumas operações no campo, como as chuvas.

Aline: “É gratificante contribuir para a carreira dessas mulheres e faço com grande carinho algo que senti falta no começo da minha carreira.”

Aline Namie Suzuki é supervisora de Colheita Mecanizada na Raízen, unidade Serra, e lidera uma equipe composta por 150 pessoas. Ela formou-se em engenheira agronômica pela Unesp em 2012 e, depois de formada, trabalhou no setor de desenvolvimento agronômico em duas usinas familiares. Em uma das usinas ela assumiu o desafio como supervisora de CCT e fertirrigação.

“Me lembro que em ambas era uma das poucas mulheres, se não a única mulher em cargo de liderança na área agrícola. Em 2019, passei a integrar o time Raízen como supervisora de colheita mecanizada e o que mais me atraiu foi a importância da pauta diversidade e inclusão. Sempre passei por setores com muito desafios, principalmente com relação a mudança de cultura e isso me ensinou muito pessoal e profissionalmente. Eu, como mulher, líder de grandes equipes e um setor majoritariamente masculino, faço diferença ao mostrar para outras mulheres que cargo e desafio não tem cor e nem gênero, e que nós temos potencial para conquistar o que quisermos. É gratificante contribuir para a carreira dessas mulheres e faço com grande carinho algo que senti falta no começo da minha carreira”, afirma.

A Raízen vai inaugurar, no dia 20 de março, a maior oficina-escola da companhia, mantida em parceria com o SENAI, que ficará localizada na Oficina Automotiva do Polo Jaú (SP). “Essa iniciativa oferecerá oportunidades de formação em manutenção automotiva e manutenção industrial, para jovens de Barra Bonita e Igaraçu, no interior paulista. Das 64 vagas ofertadas e já preenchidas, 54% são compostas por mulheres”, revela Adriana.

Programas e ações para público feminino 

A Raízen desenvolve também práticas de remuneração, benefícios e treinamentos, buscando a equidade entre os gêneros. Para as colaboradoras que são mães, por exemplo, a companhia conta com licença-maternidade de 180 dias, como extensão do prazo previsto em lei, que são 120 dias, e salas de amamentação para as mulheres que retornam desse período.

Com ações de conscientização sobre a equidade de gênero, a companhia, por meio do Comitê de Diversidade e Inclusão, estimula o aprendizado e estruturou ações com vistas ao respeito entre todos os profissionais que integram o seu time. Ao comitê, somam-se representantes dos grupos locais, chamados de Transformadores, que são grupos de afinidades constituídos de funcionários (as), a fim de trocar conhecimento sobre as múltiplas diversidades, incluindo a equidade de gênero, conforme a sinalização de necessidades e pontos de atenção levantados pelos participantes.

Para chegar ao patamar almejado, a companhia ainda investe em ações afirmativas desde a base do negócio, com programas de acompanhamento e mentoria de carreira que priorizam o gênero feminino. Entre os Transformadores, conta com um grupo de afinidade de equidade de gênero dedicado a dar tração à temática nas diversas áreas do time, conforme a sinalização de necessidades e pontos de atenção levantados pelos participantes.

Os próximos passos nessa jornada, de acordo com Adriana, incluem a estruturação de um programa de aceleração, com foco no empoderamento feminino e impulsionamento de carreiras, bem como um projeto-piloto de um grupo de líderes homens para falar sobre masculinidades e como eles podem contribuir para impulsionar a equidade de gênero.

“Temos estimulado cada vez mais a sensibilização dos nossos funcionários, promovendo ações de conscientização e reforçando a importância da cultura do cuidado. Temos também, desde 2021, uma Política de Recrutamento e Seleção revisada, com diretrizes para que sejam contemplados todos os grupos de minorias, seguindo em conformidade com as ações previstas em nossa estratégia de diversidade e inclusão para processos seletivos. Nosso Código de Conduta também abrange direcionamentos claros para tomadas de decisões relativas a colaboradores e colaboradoras, como contratações, promoções e demissões baseadas no respeito às diferentes jornadas e qualificações e performances”, conclui a diretora de Gente da Raízen.

Natália Cherubin para RPAnews

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