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Safra 2022/23: veja o comportamento do clima e dos mercados
No Centro -Sul do Brasil, durante a última semana, até o dia 10 de julho, a redução das chuvas e da umidade, e registros de incêndios em canaviais são destaques da último último relatório do Pecege para o clima. Do ponto de vista de mercado internacional, a atenção se volta para os impactos da Covid-19 na China, que estão gerando preocupações acerca de novas restrições à circulação, com impactos na demanda por combustível e no preço do petróleo.
De acordo com o relatório semanal, divulgado pelo Pecege, que conta com participação de 93 usinas, que correspondem a 44,5% da cana do Centro-Sul, a semana de 10 de julho apresentou, novamente, um baixo nível de precipitação no Centro-Sul, com uma média de apenas 0,6 mm, o valor ficou abaixo que o mesmo período do ciclo 2021/22 e também da média histórica para o período.
As regiões monitoradas: Presidente Prudente, Assis, Paraná, Ribeirão Preto, Araraquara e São José do Rio Preto e Araçatuba, não reportaram precipitação semanal. A área referente ao Minas Gerais foi a que possuiu maior nível de chuvas, com 1,7 mm de média.
“Diante da persistência do fenômeno La Nina pelo terceiro ano consecutivo, o acumulado de 2022 está abaixo do acumulado histórico. Por fim, apesar do mês de julho deste ciclo estar mais seco que o anterior, quando se analisa o acumulado do ano até então, nota-se que a precipitação de 2022 é maior que em 2021”, explicam os analistas do Pecege em report.
Passando pela época do ano com a mais baixa umidade do ar, a propensão de incêndios aumenta consideravelmente em virtude do baixo índice pluviométrico. Só na semana do dia 10 de julho, os dados do INPE reportaram 494 focos de incêndio distribuídos em praticamente todas as regiões consideradas.
“Essa quantidade responde por aproximadamente 16,1% de todos os focos registrados desde o início da safra 2022/23”, alertam os analistas.
No tocante à área afetada, as usinas amostradas registraram mais de 1.251,6 hectares de canavial impactados desde abril de 2022. Já no que diz respeito à umidade relativa, os analistas dizem que nota-se uma condição baixa umidade nas localidades de maior concentração de usinas. Com relação as áreas consideradas na análise, a região Outros – SP apresentou maior percentual relativo. Em contrapartida, GO foi a que teve menor umidade.
Mercado externo
Na semana de 10 de julho, o principal fator que movimentou o mercado foi o aumento dos casos de covid-19 na China, gerando preocupações acerca de novas restrições à circulação com impactos na demanda por combustível.
De acordo com os analistas, isso se refletiu diretamente na cotação do Brent, que registrou um preço médio semanal de 105,73 (em US$/barril), recuando 6,6% ante a semana anterior. “Ademais, é válido pontuar que na terça-feira (5), seu preço teve uma queda de US$ 10,73, a terceira maior queda diária do contrato desde 1988”, disseram.
Com relação à taxa de câmbio, sua média semanal foi de 5,36 (em R$/US$), dando continuidade a tendência de desvalorização da moeda brasileira.
A depreciação do real frente ao dólar não é um processo isolado, tendo em vista a disparada da divisa americana no exterior em um contexto inflação elevada e expectativa de aumento em suas taxas de juros.
A cotação do açúcar NY#11 demonstrou, ainda que marginalmente, uma variação negativa pela sétima semana consecutiva, atingindo um valor médio de 18,33 (em ÇUS$/libra).
Mercando interno
O indicador semanal do hidratado do estado de São Paulo foi de R$ 2,90/litro, com uma variação negativa de 2,1%. A cotação do etanol anidro, também recuou, mas de modo mais intenso, com uma oscilação de 3,5%, com o indicador médio em R$ 3,40/litro.
Segundo o CEPEA, a despeito do aquecimento da demanda, as quedas foram relacionadas à versatilidade de usinas paulistas que aceitaram negociar os biocombustíveis a quantias inferiores. Por parte das distribuidoras, as compras foram motivadas pela volta da boa vantagem competitiva do etanol em comparação a gasolina.
Já a cotação do açúcar cristal apresentou uma oscilação negativa de 0,6%, com uma média semana de R$ 126,70/saca, retornando ao patamar de duas semanas atrás. Essa queda vem em um contexto em que os compradores estão realizando a produção com o intuito exclusivo de cumprimento dos contratos já estipulados anteriormente.
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