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Açúcar: safras melhores na Europa e Ásia mantêm mercado global no superávit
A revisão da safra no Centro-Sul Brasil reduziu o superávit global do mercado de açúcar na safra 2023/24 (out/set) de 5,0 milhões de t para 2,8 milhões de t. Além disso, de acordo com os analistas do Itaú BBA, o clima favorável na Ásia indica que haverão revisões da produção local para cima.
“Dessa forma, a nossa estimativa de safra do CS Brasil no calendário mundial da safra 2023/24 (out/23-set/24) se reduziu em 1,2 milhões de t, para 42,7 milhões de t de açúcar. Similarmente, na safra 2024/25 a produção caiu 0,9 milhões de t”, segundo analistas do Itaú BBA.
Pelo outro lado, as perspectivas da safra no Hemisfério Norte continuaram a melhorar. Na região da EU27+Reino Unido, a área plantada deverá crescer 7% frente à safra passada, além do clima favorável. Dessa forma, o Itaú BBA elevou a sua estimativa de produção em 0,8 milhões de t de açúcar, para 17 milhões de t.
Na Tailândia, as chuvas estão muito favoráveis, o que deve garantir uma boa produtividade agrícola, após a quebra de safra no ano passado. Dessa forma, o próximo movimento dos analistas é de uma revisão para cima da produção atual, apesar dela já representar um aumento de 20% frente à safra passada (por conta da fraca base de comparação).
O clima na Índia também está construtivo para a safra de cana. Até mesmo o problema do surto do fungo da podridão vermelha (red rot) nos canaviais de UP (principal estado produtor), não tem mais sido noticiado. De maneira geral, o consenso é que a Índia terá uma safra decente, mas ainda existem riscos de surpresas até a colheita começar.
“Contudo, apesar das notícias positivas do lado das lavouras, o fluxo de notícias vindo do país é mais altista para preços. Do front político, a manutenção das restrições de exportações e a normalização da produção de etanol baseado em cana trouxeram suporte para os preços. Entretanto, apenas com os leilões de compra de etanol por parte das empresas estatais de petróleo, que o mercado vai ter convicção de que mais açúcar que o consenso será desviado para a produção de etanol”, afirmaram os analistas em relatório do Itaú BBA.