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São Martinho fecha primeiro trimestre da safra 2022/23 com alta de 16,6% no lucro líquido

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Com muita liquidez no caixa, São Martinho terá safra tranquila

A São Martinho, uma das maiores empresas do segmento sucroalcooleiro do país, registrou no primeiro trimestre da safra 2022/23, um lucro líquido 16,6% maior do que o mesmo período do exercício passado, para R$ 221,6 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu 27,2% na comparação, para R$ 875,7 milhões, com margem Ebitda ajustada de 51,3%, e a receita líquida subiu 29,2%, para R$ 1,707 bilhão.

Segundo informações divulgadas pelas companhia em seu balanço, os números do primeiro trimestre desta safra (2022/23) mostram avanços em seus principais indicadores operacionais que mais do que compensaram a alta das despesas financeiras provocado pela alta de juros no mercado, fator marcante no período.

No primeiro trimestre da safra 22/23, a São Martinho processou um total de 7,8 milhões de toneladas de cana-de- açúcar, apresentando redução de 10,5% em relação ao volume processado no mesmo período da safra anterior. Essa redução, segundo a companhia, reflete principalmente os efeitos das condições climáticas ocorridas ao longo dos períodos, como clima mais seco, além dos efeitos das geadas, que ocorreram em julho/21 em parte dos canaviais da São Martinho, afetando a produtividade de parte da área colhida no 1T23 e mês de julho de 2022.

Além disso, houve postergação do início da moagem nas unidades Usina São Martinho e Usina Santa Cruz no primeiro trimestre– iniciado na 2ª quinzena do mês de abril/22. Considerando a redução de 6,1% no nível de ATR médio (126,8 kg/ton), o total de ATR produzido no período resultou volume 15,9% inferior em relação ao mesmo período da safra passada. “Esse efeito é sazonal, e está alinhado com o guidance de produção que divulgamos ao mercado, em junho de 2022”, afirmou a companhia em balanço.

A produção de açúcar caiu 23,7%, para 416 mil toneladas, e a de etanol recuou 9%, para 325 mil metros cúbicos — a quantidade de energia cogerada exportada para o sistema também diminuiu 12,8%, para 264 mil megawatts-hora. No entanto, o aumento de preços obtidos nas vendas de etanol trouxeram uma alta na receita com o biocombustível de 83,4%, para R$ 1,044 bilhão, e diluiu a queda da receita com as vendas de açúcar, que foi de 18,6%, para R$ 513,7 milhões.

“Diante das circunstâncias, as vendas de açúcar podem ser consideradas expressivas. Além do clima, tivemos pressão sobre as cotações internacionais da commodity, em boa medida causada pelas incertezas econômicas globais. E teremos recuperação nessa frente a partir deste segundo trimestre, inclusive com melhores preços”, afirmou Fabio Venturelli, CEO da São Martinho para o jornal Valor.

No fim do primeiro trimestre, as fixações de preço de açúcar para a safra 2022/23 totalizavam 604 mil toneladas, a um preço de R$ 2.261 por tonelada. Para a 2023/24, as fixações totalizavam 165 mil toneladas, a R$ 2.374 por tonelada.

De acordo com o diretor financeiro da São Martinho, Felipe Vicchiato, durante a divulgação dos resultados da companhia, a dívida líquida da São Martinho alcançou R$ 3,195 bilhões, 9,9% mais que um ano antes, mas a alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) permaneceu abaixo de 1 vez — subiu de 0,93 vez, em março, para 0,96 vez. O aumento da dívida, cujo perfil permanece alongado, foi um reflexo da maior necessidade de capital de giro e também de investimentos.

A companhia reafirmou os investimentos na construção de uma usina de produção de etanol feito de milho, que absorverá R$ 750 milhões e deverá estar ainda nesta safra, e uma nova unidade de cogeração de energia, orçada em R$ 320 milhões e com previsão de entrar em operação no ciclo 2023/24.

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