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São Martinho tem queda de 38,3% no lucro líquido do 3T23

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Com muita liquidez no caixa, São Martinho terá safra tranquila

A São Martinho, um dos mais importantes grupos sucroenergéticos do país, reportou queda de 38,3% no lucro líquido do terceiro trimestre da safra 2022/23, que foi de R$ 429,7 milhões. O EBITDA Ajustado totalizou R$ 774,9 milhões no 3T23, uma queda de 13,2%, com margem EBITDA Ajustado de 50,5%. A variação no período reflete, de acordo com a companhia, no preço médio de comercialização do etanol, que foi 15,7% menor no mercado doméstico, mas que foi parcialmente compensado pelo prêmio de exportação do combustível.

A receita líquida da São Martinho alcançou R$ 1,534 bilhão no terceiro trimestre da safra, alta anual de 0,2%, resultado de menores preço de comercialização de etanol (-13,5% sobre o terceiro trimestre de 2022) e maiores preços de açúcar (+13,2%).

Entretanto, no acumulado dos nove meses de 22/23, a receita somou R$ 4.826,7 milhões, representando um crescimento de 12,8% vis-à-vis 9M22, reflexo dos maiores preços de açúcar (+18,4%) e etanol (+4,2%) com foco na comercialização para o mercado externo.

Ao final do período de moagem da safra 2022/23, a Companhia processou aproximadamente 20 milhões de toneladas de cana-de açúcar, em linha com o volume processado na safra anterior, que foi de 19.899 milhões de t. De acordo com a São Martinho, a performance ainda decorre dos efeitos das condições climáticas ocorridas ao longo da safra 2021/22 – período em que a seca prolongada e geadas atingiram parte dos canaviais.

A produtividade média dos canaviais da companhia no acumulado da safra caiu 1,2%, para 70,1 t de cana por ha. “Considerando a redução de 4,5% no nível de ATR médio, o total de ATR produzido no primeiro semestre da safra resultou volume 4 % inferior em relação ao mesmo período da safra passada”, afirmou a companhia em relatório de resultados de safra.

Receita com vendas de açúcar crescem no trimestre

A receita líquida das vendas de açúcar da São Martinho alcançou R$ 577,8 milhões ao final do 3T23, um crescimento de 20,3% em relação ao mesmo período da safra anterior, devido aos melhores preços (+13,2%) praticados no período. Para o acumulado do 9M23, a receita líquida totalizou R$ 1.659,7 milhões permanecendo em linha com o mesmo período da safra anterior, reflexo da combinação de menores volumes comercializados (-16,0%) e maiores preços (+18,4%).

Segundo a companhia, em linha com a estratégia de comercialização de açúcar em períodos com melhores preços, em R$/t, as posições de hedge para o 4T23 somam cerca de 349 mil toneladas a um preço de R$ 2.537/t, contribuindo para um melhor preço médio de comercialização no acumulado da safra 22/23.

Para a safra 23/24, as fixações totalizaram 533 mil toneladas de açúcar (entre 50% e 60% da cana própria, dependendo da produção da próxima safra) a um preço de ~R$ 2.316/t.

A receita líquida das vendas de etanol apresentou queda de 10,2% no 3T23 (em relação 3T22) somando R$ 853,4 milhões decorrente dos menores preços (-13,5%) praticados no período. No 9M23, a receita líquida apresentou uma expansão de 21,8% totalizando R$ 2.689,8 milhões motivados pelo maior volume de exportação com melhores preços.

Em continuidade com a estratégia de comercialização de etanol para geografias com maiores prêmios, no 4T23 o volume previsto ao mercado externo totaliza cerca de 79 mil m3 a um preço médio, líquido de impostos, de R$ 3.666/m3 – auxiliando a rentabilidade do etanol frente as incertezas tributárias no mercado doméstico.

Natália Cherubin para RPAnews 

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