Entidades destacam liderança ambiental do Brasil e importância estratégica do etanol para a descarbonização global
Diante da recente decisão do governo dos Estados Unidos de abrir uma investigação sobre as práticas comerciais do Brasil, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) e a Bioenergia Brasil reagiram com firmeza e serenidade. Em nota conjunta, as entidades expressaram confiança na condução do governo brasileiro, que, segundo elas, tem atuado com “firmeza, altivez e competência diplomática” na defesa dos interesses nacionais.
O setor sucroenergético, um dos pilares da economia verde do país, tem sido apontado como exemplo de protagonismo climático global. As entidades destacam que o Brasil é reconhecido internacionalmente por sua liderança em mobilidade de baixo carbono, por meio de políticas como o RenovaBio, o programa Combustível do Futuro e o recém-lançado Mover, que alinham a matriz energética nacional aos compromissos assumidos no Acordo de Paris.
A nota reforça ainda que a escolha do Brasil como sede da COP30, marcada para 2025, é uma prova do reconhecimento internacional da atuação brasileira em sustentabilidade ambiental.
Etanol brasileiro: solução climática
As entidades lembram que o etanol brasileiro, produzido com baixa intensidade de carbono e padrões rigorosos de sustentabilidade, é uma das soluções mais eficazes e economicamente viáveis para a descarbonização do setor de transportes.
Desde a introdução dos veículos flex, em 2003, o uso do etanol evitou a emissão de mais de 730 milhões de toneladas de CO₂ equivalente — um volume comparável às emissões anuais totais da Indonésia, oitavo maior emissor de gases do efeito estufa do mundo.
Além da contribuição ambiental, o setor movimenta a economia de mais de mil municípios brasileiros, gerando emprego, renda e desenvolvimento regional. Para a UNICA e a Bioenergia Brasil, essa relevância “social, econômica e ambiental” precisa ser reconhecida e protegida.
As entidades também alertam para a importância de preservar e fortalecer a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, construída historicamente sobre “bases de respeito mútuo”. Segundo a nota, o etanol é um exemplo claro de como uma agenda bilateral pode gerar ganhos econômicos, sociais e ambientais para os dois países — e para o planeta.
A UNICA e a Bioenergia Brasil concluem reafirmando sua confiança de que o governo brasileiro continuará conduzindo o processo com responsabilidade, defendendo os interesses estratégicos nacionais em um momento considerado sensível para o setor.