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Setor está retomando o plantio mecanizado, veja raiting operacional do BENRI;

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Avaliação feita pelo BENRI, sobre a safra 2022/23  também mostra que usinas tem gastado menos mudas com a adoção do plantio mecanizado

Análise dos resultados da safra 2022/23, realizadas pelo Rating Operacional do BENRI (Biomass Energy Research Institute), mostraram que no plantio de cana-de-açúcar os números mostram que está havendo uma retomada do plantio mecanizado.

Em usinas de Rating A, a modalidade de plantio mecanizado cresceu 7,6% entre as safras 2021/22 e 2022/23. Enquanto na safra anterior as usinas faziam 64,5% de plantio mecanizado, subiram para 72,1% na safra 2022/23. Já em usinas de rating B, conforme o BENRI, as unidades que plantavam mecanizado na safra 2021/22, 40,1%, subiram para 45,6% na safra 2022/23.

Ainda de acordo com análise, essa retomada vem acompanhada de boas notícias, como a redução do consumo de mudas e a redução no índice de falhas. No consumo de mudas, medido por toneladas de cana por hectare, as usinas de Raiting B gastara 16,4 t/ha na safra 2021/22, e reduziram esse número para 15,7 t/ha. Já as usinas de raiting A, reduziram o gasto de mudas de 13,78 t/ha, em 2021/22, para 13,25 na última  temporada (2022/23).

As falhas de plantio mostram-se bem diferentes nas unidades do Raiting B para o Raiting A. Enquanto na última safra as usinas tiveram 18,7% de falhas, nas unidades do Raiting A registraram cerca de 13,95% de falhas na safra 2022/23

“Esses dois índices, por sua vez, vêm sendo beneficiados pelas evoluções tecnológicas do plantio mecanizado e pelos intensos treinamentos operacionais praticados pelas usinas. Além disso, eles também foram favorecidos, em 2022, pela melhoria das condições climáticas”, afirmaram os analistas do BENRI em relatório.

De acordo com a análise, houve melhoria também no processo de colheita. “Tomando a safra passada de exemplo, não é somente o aumento do TCH que justifica o aumento do rendimento médio das colhedoras, mas também a maior eficiência das novas colhedoras de cana em operação, juntamente com melhores layouts das lavouras”, afirmaram.

 

 

Os tratos culturais, de acordo com os analistas, vem passando por um processo de evolução tecnológica bastante expressivo, com a utilização racional dos resíduos industriais na fertilização dos canaviais, com ênfase na aplicação localizada da vinhaça. Além disso potencializar a produtividade agrícola e potencialmente diminuir o custo de produção, a pratica também tem impactado positivamente na geração de CBIOs.

“Sobre a produtividade agrícola, em 2022, as melhores condições climáticas, juntamente com os outros fatores descritos anteriormente, certamente acarretaram no ganho significativo do TCH. Contudo, podemos notar uma perda da qualidade da matéria-prima”, disseram.

O desempenho operacional geral da área agrícola das unidades do setor, de acordo com o BENRI, não teve grandes alterações. Apesar das mudanças em alguns indicadores, de forma geral, não ocorreram grandes deslocamentos nos níveis de eficiência das unidades avaliadas, quando comparados com a safra anterior.

Desempenho Industrial teve altas e baixas

Quanto aos resultados industriais, começando pela Extração, os valores da curva da safra 2022/23, na média (Rating B), estão 0, 15% menores que a safra anterior (2021/22). “Para justificar esta diminuição, além de terem ocorrido mais paradas na safra, as Impurezas Minerais e Impurezas Vegetais foram bem maiores, por conta das chuvas mais intensas no período”, disseram os analistas do BENRI.

Em relação ao índice de tratamento do caldo, os valores foram praticamente iguais nas duas safras, entretanto, houve alterações nos parâmetros que o compõe. Por exemplo, na média, a perda na torta foi maior, por outro lado, a destruição de açúcar no xarope foi menor. Isso é explicado, de acordo com análise do BENRI, pela diminuição da diferença entre o pH do caldo clarificado e o pH do xarope, além da menor temperatura da última caixa de evaporação.

Os processos de fermentação e destilação foram melhores nessa última safra.

A Eficiência Industrial, utilizando o indicador RTC (Recuperado Total Corrigido) como parâmetro, na média, foi menor na safra 2022/23, com uma variação de -0,41%. “Em geral, essa redução do RTC se justifica devido as avaliações intermediarias, citadas anteriormente. Como por exemplo, a redução da Extração e os aumentos das Perdas na Torta e das Perdas Indeterminadas, as quais, por sua vez, são consequências de a safra ter sido mais chuvosa e, inevitavelmente, com mais paradas”, explicam os analistas do BENRI em relatório.

Na análise sobre o desempenho operacional geral da indústria das unidades do setor sucroenergético, o estudo observa que houve um deslocamento significativo de diversas unidades avaliadas para os maiores níveis de eficiência (AAA – A), quando comparado com a safra anterior. Isso pode ser explicado, dentre outros fatores, pelo deslocamento para baixo das curvas de classificação dessa safra.

*Com informações do BENRI (Os dados compilados pela RPAnews fazem parte do Rating Operacional da BENRI, no qual é feita uma avaliação completa, independente e in loco, sobre a eficiência operacional dos processos agrícolas e industriais de unidades produtoras do setor sucroenergético)

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