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UISA faz joint venture com empresa para construir planta de biogás

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A usina UISA, localizada em Nova Olímpia, MT, e controlada pelo fundo CVCIB, se juntou a Geo Biogás & Tech em uma joint venture para produzir biogás, que poderá ser destinado à geração de energia, à oferta de GLP ou para produção de biometano.

O novo projeto será construído dentro do parque industrial que a UISA, que usará resíduos da agroindústria da cana para a produção de biogás. A previsão é de um investimento de R$ 220 milhões.

Segundo reportagem do Valor, a Geo terá 51% de participação na nova companhia – a UISA Geo Biogás -, e a UISA, 49%. Os sócios aportarão entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões do capital e o restante será levantado com financiamentos.

Produção de 32 mil megawatts por hora

O cronograma do projeto prevê a construção da planta de biogás em até 18 meses e início das operações em janeiro de 2024. Esse é o quarto empreendimento que a Geo realiza em parceria com usinas de cana, como já tem com a Raízen, Cocal e com a Coopcana, somando investimentos de R$ 451 milhões.

A planta deverá ser expandida em uma segunda etapa, quando poderá incorporar outras tecnologias, como a produção de metanol, amônia verde e hidrogênio verde, produzidos a partir do biogás.

Na primeira fase, o biogás poderá ser utilizado para a geração de 32 mil megawatts por hora no ano (MWh/ano), capacidade que será dobrada na segunda fase.

O projeto prevê a produção de 10,2 milhões de metros cúbicos de biometano ao ano, e de 23 milhões ao ano na segunda etapa. Em entrevista dada ao Valor, José Fernando Mazuca Filho, CEO da UISA, disse que caráter de economia circular do projeto pode ser um chamariz para fundos interessados em financiar projetos de agricultura de transição e de baixo carbono, além de bancos de fomento.

O projeto engloba o uso de materiais orgânicos não só da própria UISA, mas também de terceiros. “Os resíduos podem ser de frigoríficos, de fábricas de biodiesel ou qualquer outro que não tenha um destino nobre. O processamento no biodigestor inclusive melhora”, afirmou Alessandro Gardemann, CEO da Geo, ao Valor.

A expectativa  da UISA é que a planta acelere a descarbonização do Estado de
Mato Grosso, evitando a liberação na atmosfera de metano de outras empresas.
Além disso, a unidade garantirá oferta de gás em uma região deficitária da matéria-prima, o que pode atender demandas já existentes e atrair novos consumidores, como indústrias.

A UISA terá direito de preferência para adquirir o biometano da joint venture, caso
busque substituir o diesel de sua frota agrícola. Para Gardemann, o mercado mais
maduro para receber os produtos da nova indústria deverá ser o de GLP do Centro-Oeste.

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