Já na primeira fase do projeto, a usina prevê produção de 4 milhões de metros cúbicos de biometano ao ano, evitará a emissão de 10 mil toneladas de gás carbônico equivalente na atmosfera
A usina sucroalcooleira BioAroeira recebeu investimentos para a construção de uma planta de produção de biometano. A investidora é a ZEG Biogás, que tem entre seus acionistas a distribuidora Vibra Energia (ex-BR Distribuidora), com 50% de participação, além do grupo ZEG e da consultoria FSL, com os outros 50%.
O aporte pode chegar a cerca de R$ 120 milhões. A unidade, que ficará no município mineiro de Tupaciguara, MG, será a primeira de biometano do Estado. Na primeira etapa do projeto, a planta terá capacidade para produzir 4 milhões de metros cúbicos de biometano por ano e demandará aporte de R$ 30 milhões.
A unidade poderá ser ampliada em “módulos”. O plano para a parceria com a Aroeira, conforme divulgado pelo Jornal Valor Econômico, é que o empreendimento alcance uma capacidade total de 16 milhões de metros cúbicos anuais, o que deverá demandar, no total, os R$ 120 milhões estimados.
“Com a nossa tecnologia modular, que permite o desenvolvimento do potencial da usina em fases, podemos crescer de acordo com o avanço do mercado local. No caso da usina da Aroeira, é possível expandir a produção em até quatro vezes”, disse Daniel Rossi, conselheiro da ZEG Biogás.
O principal destino do biometano da unidade será para a substituição do diesel na frota agrícola da Aroeira. A troca do diesel pelo biometano reduz significativamente a pegada de carbono da produção, o que no caso das indústrias de etanol pode favorecer a nota de eficiência energético-ambiental das usinas no programa RenovaBio.
Segundo a Aroeira para o jornal Valor, só a primeira fase do projeto, que prevê produção de 4 milhões de metros cúbicos de biometano ao ano, evitará a emissão de 10 mil toneladas de gás carbônico equivalente na atmosfera. Isso equivale ao plantio de cerca de 1 milhão de árvores.
Parte da produção de biometano também será comercializada de forma comprimida para indústrias da região. Gabriel Feres, CEO da Aroeira, ressalta o caráter de “economia circular” do projeto, já que há aproveitamento da vinhaça para fins próprios e comerciais.
A ZEG Biogás quer enquadrar este projeto no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura (Reidi), possibilidade que surgiu por conta do programa Metano Zero, criado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA),que permitiu que investimentos em biometano solicitem isenção de PIS/Cofins para novos aportes.
Com informações do Jornal Valor Econômico