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Bioenergia

Usina inaugura biodigestor de R$ 15 milhões

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Sistema trata os efluentes decorrentes da produção de amidos, gera biogás usado na unidade industrial e diminui emissões de gases de efeito estufa

A Tereos Amido & Adoçantes Brasil, empresa de processamento de milho e mandioca do Grupo Tereos, investiu R$ 15 milhões na aquisição de um biodigestor horizontal e modernização do sistema de tratamento de efluentes que reutiliza resíduos orgânicos.

O biodigestor gera biogás, uma fonte de energia limpa e renovável, além de diminuir substancialmente as emissões de gases de efeito estufa em seu processo produtivo. Com capacidade para tratar 111 mil litros de efluentes por hora, o novo biodigestor é um dos maiores equipamentos deste tipo instalados na América Latina.

Em testes desde abril, o equipamento está em pleno funcionamento e permite que a empresa reduza em até 20% a compra de biomassa para a geração de vapor utilizado como energia nos processos industriais.

“O biodigestor é o exemplo perfeito de economia circular. É um sistema que trata os efluentes, gera energia limpa e ainda podemos usar os resíduos sólidos finais no composto para adubar a plantação de mandioca. O projeto contribui com o propósito da Tereos de promover o desenvolvimento sustentável”, comemora Kwami Correia, diretor-presidente da unidade.

Como funciona

A biodigestão é feita por bactérias anaeróbicas, ou seja, que sobrevivem na ausência de oxigênio – por isso, o biodigestor horizontal funciona em uma espécie de estufa gigante. Elas digerem a matéria orgânica da biomassa e produzem um gás composto por metano e dióxido de carbono, conhecido como biogás. Além disso, o sistema, por ser hermético, tem a vantagem de evitar a dispersão dos gases de efeito estufa.

O biodigestor tem gerado um volume de biogás de 1.500 Nm³/h (normal metro cúbico por hora), integralmente usados para abastecer a caldeira que gera vapor para a unidade industrial. A área total do sistema de tratamento compreende 10 mil m².

“O processo de biodigestão já diminui 80% do resíduo orgânico existente nos efluentes. Quando saem do biodigestor, eles ainda passam por processos de filtragem e oxigenação”, explica Marcelo Marques, gerente de Sustentabilidade da Tereos Amido & Adoçantes. Ao final do processo, até 95% da carga orgânica é removida dos efluentes, que podem retornar ao meio ambiente. Os resíduos sólidos que restaram no processo de filtragem são recolhidos e transformados em mistura orgânica, usada como fertilizante na plantação de mandioca.

Energia renovável

A gestão responsável da energia e dos resíduos faz parte do compromisso do Grupo Tereos com a Indústria Positiva, um de seus pilares de Sustentabilidade, que tem como objetivo aproveitar ao máximo as matérias-primas utilizadas e reduzir a pegada ambiental de seus produtos.

As unidades industriais da Tereos Açúcar & Energia Brasil, localizadas na região noroeste paulista, usam o bagaço da cana-de-açúcar para cogerar energia elétrica – sendo 70% comercializada externamente. Nos últimos anos, aproximadamente 1 mil GWh anuais foram vendidos para a rede pública.

O Grupo faz uso da biodigestão em diversas unidades na França, Bélgica, República Tcheca, Indonésia e China

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