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Usina Petribu arrenda terminal no Porto de Recife por R$ 550 mil
Em primeiro leilão portuário do ano, governo concedeu cinco terminais em Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro
O governo federal arrendou cinco áreas portuárias em Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 21, em leilão que contou com poucos grupos interessados, mas intensa disputa por viva-voz.
O leilão envolveu três áreas no Porto de Recife (PE) para graneis como milho e arroz, uma no Porto de Rio Grande (RS) e uma no Porto do Rio de Janeiro (RJ).
O certame, o primeiro de arrendamentos portuários neste ano, deveria ter ocorrido no final de maio, mas foi adiado para esta quarta-feira por causa das chuvas no Rio Grande do Sul.
A área REC09 – voltada a movimentação e armazenagem de granel sólido e carga geral, especialmente arroz, e com previsão de investimentos de R$ 2,2 milhões – foi arrematada pela Usina Petribu, que afirma ser a usina de cana-de-açúcar mais antiga em operação no Brasil.
A empresa começou com proposta de R$ 50 mil e venceu a rodada de lances viva-voz contra a Natrio, especializada em importação e distribuição de granéis sólidos, com uma oferta de R$ 550 mil.
A Natrio, porém, venceu a área REC10, dedicada a movimentação e armazenagem de granéis sólidos e cargas gerais e com estimativa de investimento de R$ 2,9 milhões. A empresa, que considera a área como estratégica para sua expansão, começou com lance de R$ 100 mil e venceu a outra interessada no ativo, a Agemar Transportes, com oferta de R$ 3,6 milhões pela outorga de dez anos.
Outra área em Pernambuco – REC08, destinada a movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais e com previsão de investimentos de R$ 51 milhões – foi vencida com apenas um interessado, que ofertou R$ 50 mil pelo contrato de dez anos. A empresa vencedora foi a Liquiport, que atua no Porto de Vitória e tem operações no Porto de Recife desde 2022.
O terminal no Porto de Rio Grande foi arrematado por R$ 50 mil, com oferta feita apenas pela gaúcha Sagres Operações Portuárias. A área tem expectativa de investimento de R$ 7,8 milhões e é voltada a movimentação e armazenamento de carga geral.
Também com uma única proponente, a área portuária no Rio de Janeiro foi arrematada pela carioca Iconic, uma parceria entre Chevron e a Ipiranga, do grupo Ultrapar, com lance de R$ 500 mil. A área para armazenagem e movimentação de carga geral líquida, prevê R$ 10,1 milhões em investimentos.
“Área do meio” e STS10
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou após o leilão que o próximo certame portuário deste ano será realizado em outubro e será seguido por um terceiro, em dezembro.
O destaque do pregão de outubro será a área nova (greenfield) em Itaguaí (ITG02), no Rio de Janeiro, localizada em um dos principais portos brasileiros exportadores de minério de ferro e conhecida como “área do meio”. A previsão de investimento é de cerca de R$ 3 bilhões.
A área ITGO2 está interligada por ferrovia (MRS) até a região do quadrilátero ferrífero, em Minas Gerais. O projeto prevê a construção de um píer exclusivo para a área, que já conta com operações do grupo CSN e da Vale.
O ministro ainda afirmou que o leilão da área STS10, no Porto de Santos, e que atrai interesses de gigantes internacionais de logística como Maersk, será realizado em 2025.
“Ao longo destes oito meses temos remodelado a proposta ao lado do TCU (Tribunal de Contas da União)”, disse o ministro. “Entendemos a importância de ampliar a competitividade e a capacidade do Porto de Santos. Até 2050 teremos o Porto de Santos competitivo e atraindo investidores nacionais e internacionais que queiram ampliar investimentos”, afirmou Costa Filho.
O leilão da grande área STS10 tinha uma expectativa de ser realizado em 2022, com uma previsão de investimento de cerca de R$ 3,3 bilhões.
Reuters/Alberto Alerigi Jr.
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