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Usinas produzem mais açúcar e produtividade média atinge 92,62 t/ha na primeira semana de maio

(Imagem/Ilustração: Crédito RPAnews)
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A chuvas que atingiram o Centro-Sul, especialmente até abril deste ano, tem colaborado para a recuperação dos canaviais. Diante do crescimento da moagem de cana, o início da safra revela tendência das usinas voltarem-se mais para a produção açucareira.

Dados do levantamento semanal do Pecege mostram que chuvas moderadas foram registradas em todas as mesorregiões, com média de 1,8 mm. Já a umidade relativa teve uma média de 70,6% no Centro-Sul. De 1° ao dia 7 de maio, as chuvas foram moderadas em todas as mesorregiões, com uma média de 1,8 mm. O maior volume pluviométrico, 7,7 mm, foi registrado no estado do Mato Grosso do Sul.

“No que diz respeito ao acumulado, nota-se que a safra 23/24 tem um volume de chuvas (776,2 mm) superior ao volume registrado no mesmo período da safra 22/23 (223,5 mm). Comparando as mesorregiões, verifica-se que todas demonstraram um acumulado de chuvas maior que a safra passada”, disseram os analistas do Pecege Projetos em relatório.

Mesmo com as chuvas, os dados do INPE reportaram 328 focos de incêndio, distribuídos entre 4 mesorregiões. O estado de Minas Gerais apresentou 207 focos. No que concerne à amostra, a região de São José do Rio Preto/Araçatuba foi a mais afetada nesta semana, com 166,4 ha, seguido outras regiões de São Paulo, com 12,7 ha. A mesorregião são José do Rio Preto/Araçatuba, possui a maior área afetada por queimadas (546,3 ha) em relação as demais.

A umidade relativa do ar média nas 7 mesorregiões foi de 70,6%. O estado do Mato Grosso do Sul apresentou a maior umidade relativa, com 77%. Em contrapartida, o estado de Goiás retratou a menor média (66%), seguido de Minas Gerais com 68,1%.

Apesar disso, a produtividade agrícola na safra atual é a maior média das últimas duas safras, alcançando 92,62 t/ha. Isso, de acordo com os analistas do Pecege, é relevante em meio aos temores globais com a escassez de oferta de açúcar. “Os indicadores agrícolas mostram um aumento na produtividade, ATR (Açúcar Total Recuperável) e TAH (Tonelada de Açúcar por Hectare). O alto nível deste indicador durante as primeiras semanas de safra sugere que podemos esperar uma moagem no Centro-Sul próxima a 600 milhões de toneladas”, disseram.

A idade média da cana colhida na primeira semana deste mês diminuiu em 14,3%, configurando um indicador de 3,06 cortes e sustentando a boa produtividade observada na semana de referência. Diante de um começo conturbado por conta do nível de chuvas, esse movimento contribui para amenizar o atraso inicial das operações na safra.

O índice ATR da cana própria, medido em K.g de ATR por tonelada, foi de 119,76, mantendo uma trajetória de alta desde o início da safra 2023/24. Em consequência da alta produtividade e do ATR, o indicador de toneladas de açúcar por hectare também aumentou, sendo um variação de cerca de 5,7%, alcançando um valor de 11,09.

Indústria: com preços bons 57,46% do mix das usinas foi açúcar

Durante a primeira semana de maio, foi mantida o alto patamar nos preços internacionais do açúcar e nacional do açúcar cristal, enquanto o preço do etanol apresentou uma queda. Com isso, a safra atual demonstra uma tendência mais voltada para a produção açucareira, tendo havido um aumento de 2,20 pontos percentuais na produção do demerara em relação à semana anterior.

Dessa forma, 57,46% da produção foi destinada ao adoçante, enquanto os outros 42,54% foram destinados à produção de biocombustível. Em decorrência da considerável redução das chuvas, a disponibilidade agroindustrial nas usinas examinadas expressou um aumento significativo, com uma média semanal de 95,62%, o que representa um aumento de 13,74 pontos percentuais em relação à semana anterior.

“A menor quantidade de chuvas também contribuiu para uma diminuição no indicador de impurezas minerais. Já no que se refere à proporção de fibras presente na cana-de-açúcar, seu indicador apresentou um aumentou 0,41 pontos”, disseram os analistas.

Mercado: como se comportou o dólar, preços do petróleo, açúcar e etanol?

Durante a semana de 7 de maio, observou-se uma taxa média de câmbio de R$ 5,01 por dólar americano, refletindo uma diminuição de 0,6% em relação aos valores prévios. Este comportamento se deveu, em grande medida, segundo os analistas do Pecege, à reação do mercado frente à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil em manter a taxa básica de juros Selic em 13,75%.

O preço do petróleo tipo Brent caiu 5% para 75,72 dólares por barril, influenciado por dados de importações chinesas abaixo do esperado, preocupações com o crescimento econômico dos Estados Unidos e instabilidades no setor bancário. Devido a essa perspectiva de queda, os ministros da OPEP + planejam uma reunião para discutir a possibilidade de novos cortes na oferta de petróleo com o intuito de proteger os preços mais elevados desta commodity.

O açúcar em Nova Iorque apresentou no período um valor médio de 25,71 <tUS$/libra e encontra-se em um dos patamares mais elevados dos últimos anos. Embora tenha ocorrido uma queda de 2,8% na semana atual, o preço permanece alto devido às compras de açúcar realizadas pela China. “Essas aquisições fortalecem o discurso altista, uma vez que ampliam as preocupações com a escassez de oferta do produto”, disseram os analistas.

O preço do açúcar continua em um alto patamar com preocupações da oferta. No plano internacional, houve uma reação do mercado à compra da commodity pela China. Já no contexto nacional, destaca-se o atraso na produção causado pelas fortes chuvas em abril no Brasil.

No mercado interno, a cotação do açúcar cristal CEPEA/ESALQ reportou uma alta de 2,3%. Com isso, o valor da saca 50kg foi de R$ 148,16. Segundo o Cepea, o mercado spot do açúcar cristal branco em São Paulo vem registrando uma elevação nos preços desde o início da safra 2023/24, que se mantém durante as primeiras semanas de maio. Essa alta é atribuída ao atraso na produção causado pelas fortes chuvas em abril. Embora as precipitações tenham diminuído em maio, as usinas ainda não conseguiram regularizar a produção a tempo de aumentará oferta de açúcar para venda imediata.

Os índices CEPEA/ESALQ referentes ao etanol, tanto anidro quanto hidratado, evidenciaram um declínio em seus valores, alcançando uma média de R$ 3,22 e R$ 2,77, respectiva mente. Esse cenário é reflexo do aumento na oferta de etanol em algumas regiões produtoras. Apesar disso, distribuidoras estiveram mais cautelosas nas compras, aguardando novas baixas nos preços.

Natália Cherubin para RPAnews

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