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Usinas tiveram alta de 13,40% nos custos de produção agrícola da safra 2023/24

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Durante evento Expedição Custos Cana, realizando no Nordeste, o Pecege revelou também uma alta de 9,25% nos custos caixa das usinas na safra 2023/2024

Aumento dos custos de produção pressionados pela queda da produtividade e pelo crescimento dos dispêndios com mão de obra. Esse foi um dos cenários apresentados sobre a safra de cana-de-açúcar 2023/2024 na 2ª edição da “Expedição Custos Cana – Maceió 2024 Nordeste”, realizado pelo Pecege Consultoria e Projetos. Ocorrido no final de julho, o evento reuniu um público composto por grupos que representam aproximadamente 73% da moagem dos estados do Nordeste, destacando-se pela discussão aprofundada e abrangente de temas cruciais para o setor.

Entre as palestras apresentadas, a primeira destacou os resultados preliminares dos custos de produção da safra 2023/24. A queda da produtividade e o aumento dos dispêndios com mão de obra foram os principais fatores que pressionaram um aumento de 13,40% nos custos agrícolas do período. Além disso, a menor produtividade vista no campo também limitou a capacidade de diluição dos custos fixos envolvidos na produção de açúcar e etanol, resultando em um crescimento de 9,25% no custo caixa das usinas do setor.

Apesar desse crescimento, o bom momento de preços do açúcar contribuiu para as excelentes margens obtidas com a comercialização do produto, tanto no mercado interno quanto externo. Este cenário, além de compensar os resultados negativos apresentados pelo etanol, contribuiu para que, em média, a rentabilidade do setor se mantivesse positiva durante o período, registrando uma margem operacional de 14,98%.

A segunda palestra foi focada em apresentar as perspectivas de preços e produção para a safra que se inicia em setembro. Em linhas gerais, o ciclo 2024/25 na região deverá manter um patamar de produção semelhante ao observado no último ciclo. No que diz respeito aos preços, espera-se que a valorização do etanol compense o arrefecimento no mercado de açúcar, após os picos de preços observados ao longo de 2023. Em conjunto, esses movimentos devem assegurar um preço da tonelada da cana-de-açúcar ligeiramente superior ao visto no último ciclo.

A última palestra abordou os movimentos dos insumos agrícolas durante ciclo recém-encerrado. De forma geral, tanto os fertilizantes quanto os defensivos apresentaram um retorno à média nos seus preços, diante de uma condição mais equilibrada de oferta e demanda no mercado internacional. Foi destacada a maior concorrência na oferta de alguns defensivos, o que proporcionou uma queda mais acentuada nos preços desses produtos em relação às safras anteriores, contribuindo para aliviar os movimentos inflacionários nos custos do setor durante o período.

Por fim, o evento também proporcionou um ambiente propício para a troca de experiências e conhecimentos, reforçando a importância da cooperação e inovação para o desenvolvimento sustentável do setor sucroenergético, além de contribuir para a compreensão dos desafios e oportunidades que o setor deverá enfrentar na próxima safra.

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