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Zilor tem recorde de moagem 11,4 milhões de toneladas, alta de 8,3%

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Companhia registrou queda de 16,5% no lucro líquido no acumulado da safra 2023/24 e alta de 14,6% no EBITDA Ajustado

A Zilor, grupo três unidades sucroenergéticas no Estado de São Paulo, registrou um recorde no acumulado da safra 2023/24, com a moagem de 11,4 milhões de toneladas de cana (9M24), volume 8,3% maior comparado aos nove meses da safra 22/23 (9M23), com aumento de 15,2% na moagem da cana própria, que representa 34% do total, e um aumento de 5% em moagem de terceiros, com montante de 7.540,8 mil toneladas moídas.

Na região de Lençóis Paulista foi registrado um aumento na moagem de 10,2% nos 9M24 comparados como os 9M23, fruto da maior produtividade e melhor condição climática. Na unidade Quatá, a moagem teve aumento de 3,5%, registrando recorde histórico de moagem na região com 3.174,3 mil toneladas na safra.

Segundo a companhia, em relatório divulgado ontem, 29 de fevereiro, o crescimento na moagem nos nove meses acumulados da safra 2023/24, é resultado de investimentos realizados nos últimos anos relacionados ao pacote tecnológico, bem como mudanças em processos, somados à disponibilidade operacional com aumento de produtividade, que contribuíram para esse resultado.

A produtividade total durante a safra foi de 82,2 t/ha, aumento de 7,7%, com ATR de 138,1 kg/ton, representando uma redução de 0,3% comparado com os 9M23. A região de Lençóis Paulista apresentou incremento de 7,9% com TCH de 83,8 ton/ha e com ATR de 138,6 kg/ton (-1,0%). A região de Quatá, predominantemente de cana própria, teve aumento de 7,7% na produtividade atingindo 78,3 ton/ha nos 9M24 e ATR de 136,9 kg/ton, com incremento de 1,5% na comparação com o mesmo período da safra anterior. A companhia, destacou que as condições climáticas que impactam positivamente a produtividade, tem resultado contrário no ATR.

“O resultado do avanço do TCH nos nove meses acumulados da safra 2023/24 estão relacionados aos investimentos realizados para ganho de produtividade, por meio do pacote tecnológico e no controle de pragas realizadas nas últimas safras. Adicionalmente, volumes de chuvas dentro de uma média histórica, distribuídas ao longo da safra, também contribuíram para uma maior produtividade das unidades”, afirmou a companhia.

O destaque dos resultados desses investimentos é para a evolução na produtividade da região de Quatá que, nos últimos cinco anos, saiu de uma produtividade de 54,4 t/ha na safra 18/19 para TCH de 78,3 t/ha no acumulado da temporada 2023/24.

Dados isolados do terceiro trimestre da safra 20 23/24 (3T24), a moagem total foi de 2.317,1 mil toneladas de cana, 6,2% menor comparado ao terceiro trimestre da safra 22/23 (3T23), com aumento de 13,3% na moagem de cana terceiro, concentrada em Lençóis Paulista/SP, que representa 71,8% da moagem total, e uma redução de 34,8% em moagem de própria, atingindo 653,8 mil toneladas de cana. A redução na moagem própria no trimestre se deu em razão da antecipação da colheita e moagem no 2T24.

A produtividade total no 3T24 foi de 61,1 ton/ha, redução de 1,3%, com ATR de 142,2 kg/ton, representando uma redução de 2,1% comparado com o mesmo período da Safra anterior. A Zilor teve aumento na produtividade em Lençóis Paulista, com TCH de 65,4 ton/ha, aumento de 4,2% e ATR de 142,2 kg/ton, 3,7% menor que o mesmo período da safra anterior.  Já na região de Quatá, o TCH registrou 51,7 ton/ha, uma redução de 14,3% e ATR de 142,2 ton/ha (+0,7%), impactado pela maior moagem no trimestre anterior e pelo baixo volume de chuvas no período.

Produção de etanol, açúcar e bioenergia

Nos acumulado da temporada 2023/24, a produção de açúcar somou 741,9 mil toneladas, 6,8% superior às 695,0 mil toneladas registradas nos 9M23, e representa 460% da produção total. A produção do Etanol somou 495,8 mil/m3, 10,0% superior aos 450,6 mil/m3 registrados no 9M23. No período, a produção do etanol foi direcionada para o anidro, para capturar maior valor agregado e oportunidades de vendas.

“O incremento na produção das commodities segue superior a evolução da moagem devido a melhorias de processos, resultando em ganhos de eficiência e produtividade”, disse a Zilor.

A energia exportada foi de 671,7 mil MWh nos 9M24, aumento de 41,1% em relação ao mesmo período da safra anterior em razão do início da operação da Usina São José na Safra 23/24, somado a maior eficiência na cogeração. Nos 9M24 a energia produzida foi contratada pelo preço médio de R$ 258,8/MWh versus R$ 235,2/MWh do ano anterior (+10,0%), .

No período que compreende o 3T24, a produção de açúcar somou 152,7 mil toneladas, 11,7% inferior às 172,9 mil toneladas registradas no 3T23. A redução ocorreu em razão da antecipação da moagem e aumento da produção de açúcar branco no 2T24, se normalizando nos nove meses acumulados da safra 23/24, segundo a Zilor.

“Todos os contratos firmados com a Copersucar foram atendidos. A redução na produção do FS, insumo direcionado para unidade Biorigin para produção de ingredientes naturais de alimentação humana e nutrição animal, segue de acordo com a estratégia de produção da unidade somado ao aumento de eficiência na utilização desse insumo” afirmou a companhia em relatório.

A produção do etanol somou 106,0 mil/m3 , 4,6% inferior aos 111,1 mil/m3 registrados no 3T23. Segundo a Zilor, a produção segue em linha com o planejado para atendimento dos compromissos firmados com a Copersucar.

A Energia exportada foi de 176,6 mil MWh no 3T24, aumento de 18,5% em comparação ao 3T23, que totalizou 149 MWh. Esse aumento ocorreu, segundo a companhia, em razão da entrega do projeto de expansão de cogeração de energia da Usina São José, que teve início em abril/23, somado a maior eficiência de cogeração.

A energia produzida com o bagaço da cana abastece 100% das unidades produtivas e o excedente é vendido ao mercado por meio de leilões e contratos com distribuidores de energia elétrica, onde cerca de 98% do volume produzido está contratado.

Desempenho financeiro

Nos 9M24 a receita líquida total foi de R$ 2.570,3 milhões, 2,2% superior ao mesmo período da safra anterior. A receita líquida consolidada no 3T24 somou R$ 863,6 milhões, 0,7% superior ao 3T23, puxada principalmente pela receita de açúcar e energia elétrica.

No 3T24, o lucro bruto da Companhia totalizou R$ 113,0 milhões, com margem de 13,1%, ante R$ 123,4 milhões registrados no 3T23 e margem de 14,4%, redução de 8,5% e de 1,3% na comparação dos períodos. Excluindo efeitos contábeis de variação no valor justo do ativo biológico, o lucro bruto ajustado do 3T24 teria sido R$ 133,1 milhões, com margem de 15,4%, ante R$ 225,9 milhões, com margem de 26,3% no 3T23, uma redução de 41,1% e 10,9%.

Nos acumulado da temporada 2023/24, a companhia registrou lucro bruto de R$ 663,0 milhões, 0,8% inferior ao montante de R$ 668,5 milhões do mesmo período da safra anterior, com margem bruta de 25,8% e 26,6%, respectivamente. “Excluindo efeitos contábeis, o lucro bruto ajustado dos 9M24 seria de R$ 730,6 milhões, 2,4% superior aos R$ 713,6 milhões registrados nos 9M23, com margem bruta de 28,4% em ambos os períodos”, afirmou a companhia em relatório.

Nos nove meses da safra 23/24 o lucro líquido foi de R$ 363,1 milhões com margem de 14,1% ante lucro de R$ 434,7 milhões registrados no mesmo período da safra anterior, redução de 16,5%, com margem de 17,3%. “Sem o efeito dos precatórios, o lucro líquido nos 9M24 seria de R$ 86,9 milhões versus R$ 173,4 milhões nos 9M23”, afirmou.

A Companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 73,1 milhões no 3T24 com margem negativa de 8,5% ante um lucro líquido de R$ 256,3 milhões no 3T23 e margem de 29,9%. Cabe ressaltar que na safra anterior os precatórios foram recebidos no 3T23, e da safra atual no 2T24, causando o descasamento.

O EBITDA Ajustado fechou o 3T24 em R$ 241,8 milhões, pequena queda de 0,2% versus o 3T23. A margem do EBITDA Ajustado registrou redução 0,2 p.p. em relação ao 3T23, alcançando 28,0% nesse trimestre. Nos 9M24 o EBITDA Ajustado foi de R$ 948,8 milhões, um crescimento de 14,6% ao registrado no mesmo período da safra anterior, com margem de 36,9% versus 32,9% nos 9M23. S

“O maior EBITDA ajustado nos nove meses acumulados da safra, ocorreu, principalmente, em função da gestão de custos, com custos mais baixos de insumos no processo industrial, somados a uma condição de produção mais eficiente, resultando em diluição dos custos fixos”, afirmou em relatório.

Investimentos

A Zilor registrou uma alta de 4,4% em investimentos nos nove meses acumulados da safra 23/24. Foram R$ 683,6 milhões, puxados, principalmente, pelo plantio de cana que está relacionado à maior área de cana própria na região de Lençóis Paulista devido a absorção de terras de parceiros agrícolas em razão de finalização de contratos com início de administração própria. Em manutenção de entressafra, o aumento está relacionado a antecipação de investimentos para manutenção de equipamentos e maior volume de dias de entressafra.

A companhia ainda investiu em projetos de cogeração de energia. No total foi um montante de R$ 163,4 milhões em 2023/24. Desde o início dos dois projetos, São José e Barra Grande, já foram direcionados R$ 503,7 milhões que, somados ao adiantamento para compra da caldeira, turbina e gerador de energia perfaz o total de R$ 527,7 milhões.

A Companhia afirmou que mantém a estratégia de incremento nos investimentos em ativo biológico para ganho de produtividade e que seguem de acordo com o planejado para a safra.

Natália Cherubin para RPAnews

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