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Zilor teve lucro líquido 58% maior na safra 2021/22. Confira os números;
Na segunda-feira, 28, o grupo Zilor apresentou seus resultados financeiros referentes aos nove meses acumulados da safra de cana 2021/22. O lucro líquido da companhia no período foi de R$ 657,7 milhões, valor 58% superior aos R$ 416,3 milhões na safra 2020/21.
Somente no terceiro trimestre da safra, o lucro líquido foi de R$ 282,1 milhões, alta de 87,7% na comparação anual. De acordo com a Zilor, os números refletem um melhor desempenho das operações, com rígida gestão de custos e despesas e disciplina na alocação de recursos.
O Ebitda ajustado foi de R$ 953,5 milhões no acumulado dos nove meses da safra 2021/22, 39% superior ao registrado no mesmo período da safra anterior, com margem de 38,4% versus 36,5% nos nove meses do ciclo passado.
A Zilor apresentou desalavancagem, saindo do indicador dívida líquida por Ebitda ajustado de 2,2 vezes em dezembro de 2020 para 1,4 vez em dezembro de 2021, redução de 0,8 vez nos últimos 12 meses. A dívida líquida em 31 de dezembro de 2021 era de R$ 1,4 bilhões, redução de 14,2% frente aos R$ 1,64 milhões observados em 31 de dezembro de 2020.
Segundo o diretor-presidente da Zilor, Fabiano Zillo, o compromisso da companhia com eficiência e investimentos em tecnologia como elementos fundamentais. “Apesar do cenário desafiador e dos fatores climáticos que afetaram a Zilor, assim como outras usinas das regiões onde atuamos, conseguimos atravessar a safra 2021/22 de maneira positiva: mantivemos os níveis de produtividade”, ressaltou.
O diretor financeiro Marcos Arruda disse que os resultados apontam que a Zilor se encontra na direção certa. “Avançamos muito em governança e gestão das finanças da companhia, ampliamos investimentos em lavoura e estrutura operacional, que contribuem para o melhor desempenho de produção e financeiro”, destaca.
Desempenho operacional do trimestre
No terceiro trimestre da Safra 21/22, a Zilor processou 1.292,0 mil t de cana, volume 3,7% inferior ao terceiro trimestre da safra 20/21 que, mesmo com o aumento de 20,7% na moagem de terceiros, que representa 77,4% da moagem total, foi impactado pela redução de 43,1% da moagem de cana própria.
De acordo com a companhia, a redução de 59% na moagem na região de Quatá, SP, no 3T22 em relação ao 3T21, em sua maior parte de cana própria, ocorreu devido ao período mais curto de moagem na região com encerramento da safra em outubro/21, associada a quebra na produção causada por fatores climáticos ocorridos ao longo do ano, como estiagem e geadas ocorridas nos meses de julho e agosto de 2021, que impactaram a produtividade da região.
A produtividade total registrou incremento de 17,5% no terceiro trimestre, atingindo 59,2 t/ha em relação ao 3T21, com ATR de 140,7 kg/ton, inferior em 6,4% quando comparado com o resultado do 3T21, em razão das chuvas ocorridas nos meses de outubro e novembro/21 que impactam na quantidade de açúcar na cana.
Segundo a Zilor, o aumento da produtividade de 19,0% em Lençóis Paulista, SP, que atingiu 61,5 t/ha, contribuiu para o aumento na produtividade total no período, e da manutenção da produtividade em Quatá, SP, com incremento de 0,4% no TCH da região, em decorrência de investimentos direcionados para recuperação da produtividade com
maior controle de pragas e aplicação de adubo em maior área da lavoura.
“Investimentos realizados na recuperação da produtividade, com evolução do pacote tecnológico, contribuíram para manutenção da produtividade mesmo com a redução na moagem. Já em Lençóis Paulista/SP, onde se concentra a moagem de terceiros, houve um aumento de 27,7% na moagem no 3T22 versus o 3T21, em razão de mais dias de moagem na região, com a Safra encerrando em novembro/21”, informou a companhia.
Acumulado da safra 2021/22
No acumulado da safra 21/22 a moagem de cana da Zilor atingiu 9.859,1 mil toneladas, volume 1,6% inferior ao mesmo período da safra anterior. Impactada pela redução de 3,3% da moagem de terceiros e, compensada parcialmente pelo incremento de 3,0% na moagem de cana própria.
A região de Lençóis Paulista manteve a moagem dos em linha com a safra 2020/21, com pequeno incremento de
0,4%, devido ao aumento de produção na cana de fim de Safra, associado a mais dias de moagem na região.
Em Quatá, SP, com predominante moagem própria, a moagem foi 6,6% inferior ao mesmo período da safra anterior, com
maior impacto de geadas, menor número de dias de moagem na região, combinado com a severa estiagem ocorrida
ao longo do período e menor disponibilidade de cana de terceiros. A Safra foi marcada pela redução do ritmo de
moagem, priorizando qualidade e produtividade para atendimento de contratos.
A produtividade total no período foi de 72,4 toneladas por hectare, uma redução de 0,5%, e concentração de açúcar total recuperável (ATR) de 142,4 quilos por tonelada, incremento de 1,3%, quando comparados com o mesmo período da safra anterior, de acordo com a Zilor.
“Um olhar mais atento a partir do recorte de São Paulo, comparando o desempenho das usinas do estado, mostra a importância de investimentos maiores e da evolução no pacote tecnológico do ativo biológico”, destacou a Zilor.
Nas duas unidades do grupo na região de Lençóis Paulista houve redução na produtividade, com queda de 0,9% na produtividade do canavial versus uma quebra de 11% na região, segundo dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), publicados em novembro do ano passado.
Já em Quatá houve uma evolução de 0,4% na produtividade, contra uma redução de 8,9% das usinas da região, e a concentração de ATR foi 2,8% superior ao mesmo período da safra passada, ante incremento de 0,1% nas usinas da região. “Os dados mostram que, mesmo com a redução na moagem, a Zilor conseguiu manter a sua produtividade diante de um cenário de grandes impactos climáticos”, complementa a sucroenergética.
Receita e vendas
No acumulado da safra, a Zilor registrou faturamento de R$ 2,49 bilhões, 32,2% superior ao mesmo período do ciclo anterior, suportado pelas receitas de açúcar e etanol que contribuíram para o melhor resultado financeiro. De acordo com a companhia, a receita de açúcar registrou aumento de 22,8% em relação à temporada passada, atingindo R$ 720,1 milhões, impactada por maiores preços, mesmo com redução de 5,8% no volume de vendas.
Os ganhos com etanol, por sua vez, totalizaram R$ 1,13 bilhão, montante 83,5% superior ao mesmo período da safra anterior. Embora tenha registrado redução de 2,1% no volume de vendas, isso foi compensado pelo aumento de 87,4% no preço quando comparado aos nove meses do ciclo anterior. O valor do etanol foi fortemente impactado pelo aumento da demanda do petróleo e retomada da economia no período, segundo a empresa.
Outras áreas de negócios também contribuíram para o resultado financeiro positivo. A receita líquida de energia elétrica do período foi 7,7% superior ao mesmo período da safra passada, atingindo R$ 101,8 milhões. A Zilor afirmou que houve redução no volume de exportação de energia, compensado por maiores preços médios, em razão do cenário de crise hídrica no país.
Além disso, a sucroenergética comercializou 417 mil Créditos de Descarbonização (CBios), que somaram receita líquida de R$ 13,6 milhões.
“Mesmo com os desafios enfrentados, a Zilor se manteve resiliente e focada para entrega de melhores resultados. Maiores investimentos na lavoura para ganho de produtividade foram realizados, bem como aquisições de equipamentos para modernização do parque industrial, que resultaram em eficiência dos processos e fez com que a Zilor mantivesse a produtividade no mesmo patamar da safra anterior, aumentando ainda a produção, entregando maior quantidade de produtos no final da esteira”, destacou a empresa em release divulgado à imprensa.
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