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Safra de cana 2020/21: consultoria prevê 600 milhões de t

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A safra 2020/21 poderá chegar a uma moagem de 600 milhões de t de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, segundo projeta a consultoria Agroconsult. Em relação à temporada passada, o aumento é de 1,7%.

Os modelos de projeção – baseados no índice de vegetação dos canaviais da região – mostram a possibilidade de uma ainda safra maior, por volta de 620 milhões de t. No entanto, para que a safra seja maior, segundo Fabio Meneghin, sócio analista da Agroconsult, será preciso que se confirmem as previsões de chuva em março e abril e, além disso, que não ocorram geadas fortes durante o inverno.

De acordo com Meneghin, há possibilidade de uma safra ainda safra maior, por volta de 620 milhões de t

De maneira geral, o volume de chuva está acima da média histórica em todas as regiões que compõem o Centro-Sul. “Faltou um pouco de chuva no início do crescimento das lavouras, depois compensado pelo verão mais chuvoso do que a média”,  adiciona Meneghin.

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De acordo com o analista, deve-se ainda considerar que, apesar dos recentes plantios de novas variedades, a taxa de renovação continua abaixo do ideal, mantendo elevada a idade média do canavial – o que limita o aumento da moagem. “A taxa de renovação não tem sido suficiente para conter o envelhecimento das lavouras”, avalia. No entanto, os índices de vegetação acumulados estão bem acima dos observados no ano anterior, indicando maior crescimento dos canaviais.

Açúcar, etanol e TCH

A produção de açúcar deve ser de 30,1 milhões de t (12% maior que a safra anterior) e a de etanol de cana de 30,6 bilhões de l, resultado 6% menor se comparado à temporada anterior. No entanto, o etanol de milho deve ter um crescimento de 47% – saindo de 1,6 bilhão de l na temporada 19/20 para 2,4 bilhões de l em 20/21.

Segundo levantamento da Agroconsult, a produtividade média estimada é de 76,8 t/ha, desempenho 1% maior em relação à safra anterior. “A expectativa de crescimento da produtividade se mantém, mas a crise do petróleo e a disseminação do coronavírus trazem muitas dúvidas e incertezas sobre os preços do açúcar e do etanol, influenciando diretamente no mix de produção, nas margens das usinas e no endividamento do setor sucroenergético”, observa Meneghin.

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