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RenovaBio busca saída para produtores de etanol

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Representantes do setor sucroenergético e de outros biocombustíveis se reúnem nesta terça-feira (13), em Brasília, com o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, que vai ouvir as necessidades daqueles que produzem combustível limpo para, então, dar início aos estudos sobre medidas para beneficiar os produtores, principalmente do etanol. 

Entre os participantes do evento, está Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro e integrante do Conselho Nacional de Pesquisa Energética (CNPE). Durante palestra, na segunda-feira (12), no Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), ele ressaltou que, apesar de não ser mais o maior produtor de etanol do mundo, o Brasil se destaca por ter atualmente entre 40% e 45% do consumo de gasolina substituído por etanol. “E o Brasil é muito reconhecido por isso, mas, apesar desse reconhecimento, não foram criadas as bases para o desenvolvimento sustentado do setor. Não foram criadas ainda as condições de regulação que permitam a continuidade de investimento privado nesse segmento de biocombustível”, disse.

O encontro, que vai dar início ao programa RenovaBio será dividido em quatro eixos: “o papel dos biocombustíveis na matriz energética”, “sustentabilidade ambiental, econômica e financeira”, “regras de comercialização” e “novos biocombustíveis, como etanol de segunda geração, célula combustível e querosene de aviação”. A meta principal é atingir a produção de 50 bilhões de litros de etanol em 2030.
“Nós estamos caminhando gradualmente para uma situação de dependência crescente de importação de gasolina, e as previsões da própria ANP indicam que, até 2030, vamos caminhar para uma im­portação de 410 mil barris de gasolina por dia”, alertou Nastari. 

Segundo ele, a marca representa quase 24 bilhões de litros de etanol anidro e 23,4 bilhões de litros de etanol hidratado. “Estamos retrocedendo, em termos de dependência por importação, à situação que o Brasil tinha antes do início do Programa do Álcool, há 40 anos”, acrescenta.
Entre as medidas que serão defendidas pelos produtores, está o uso da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) como um imposto verde. “Uma série de medidas vem sen­do estudada, mas va­mos pegar tudo isso, juntar e, dentro de um trabalho capitaneado pelo Ministério, va­mos poder ver como é que to­ca essa pauta. 

A ideia é organizar, para não ficar disperso, e juntar as forças para dar um peso maior a essa pauta do biocombustível”, explicou o ministro Fernando Filho. “Nos últimos anos, não houve investimento nesse setor poque não tinha uma política. A partir do momento que se tem um mercado à vista, é atingir a meta de quase dobrar a produção até 2030, se o Governo apontar como isso vai ser feito, eu não tenho dúvida de que o setor privado se organiza para poder voltar a investir”, comentou o ministro.

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