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Abengoa propõe a credores sair de bioenergia

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A Abengoa Bioenergia do Brasil, braço sucroalcooleiro da espanhola Abengoa que neste ano entrou em recuperação judicial com dívida da ordem de R$ 1 bilhão, propôs vender todos os ativos no país em seu plano de pagamento aos credores, o que consolidaria a saída do grupo de sua empreitada no ramo de bioenergia no mundo.

O plano prevê a venda de uma ou de suas duas usinas caso a empresa não consiga alienar todas as ações. As usinas estão em Pirassununga (Usina São Luis) e em São João da Boa Vista (Usina São João), no interior de São Paulo.

Apresentado no dia 8, o plano de recuperação tem de ser negociado com os credores. Assim, a assembleia geral de credores que terá que ratificá-lo poderá ficar para abril ou maio. Os principais credores são Santander, Bradesco, Original e BAF. A empresa é representada pelo escritório Thomaz Bastos, Waisberg, Kurzweil Advogados.

A redação do plano incluiu uma cláusula que prevê que os credores que tiverem alienação fiduciária deverão autorizar por escrito a transferência dos bens. Recentemente, o BNDES impediu o leilão de uma usina da Renuka do Brasil argumentando que detinha a hipoteca do imóvel. Com a Abengoa Bioenergia, o BNDES detém alienação fiduciária de equipamentos.

A proposta de venda dos ativos coloca no papel um desejo de sair do setor sucroalcooleiro que a Abengoa já tinha pelo menos desde 2015. Os ativos da companhia foram cobiçados pela paquistanesa E Fert, que chegou a entrar em processo de diligência prévia, mas desistiu da transação após verificar que haveria entraves na Justiça.

Como forma de pagamento, a Abengoa Bioenergia propõe ressarcir, com o valor recebido pela venda dos ativos, todos os credores trabalhistas. Depois, seriam pagos às pequenas e micro empresas R$ 7,8 mil, e em seguida viria o pagamento aos credores sem garantia real. A eles, a oferta é de pagamento de até R$ 10 mil para cada um, independentemente do valor devido, ou, em caso de discordância, o valor total após a quitação de todos os créditos.

Depois dos credores sem garantia, a empresa prevê pagar os créditos fiscais e destinar R$ 80 milhões obtidos da venda dos ativos para o pagamento de custos da recuperação judicial, para a geração do fluxo de caixa e para a “viabilidade e manutenção das atividades remanescentes”. Por fim, seriam pagos os credores extraconcursais e, em seguida, os credores “fornecedores estratégicos” que tiverem relação com a usina que for vendida. (Valor Econômico)

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