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MG tem pior déficit de empregos do país, puxado pela agropecuária

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O setor agropecuário teve papel fundamental para a queda, em setembro, no número de empregos gerados pelas micro e pequenas empresas de Minas Gerais. De acordo com levantamento feito pelo Sebrae Minas, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no nono mês do ano, o Estado amargou um déficit de 9.314 postos de trabalho. Foram abertas 83.816 vagas e fechadas 93.130. O resultado foi o pior observado entre todas as 27 unidades federativas do País.

Só no segmento que envolve as atividades da agricultura e pecuária, foi registrado um saldo negativo de 12.319 vagas, resultante de 8.034 profissionais admitidos, contra 20.353 desligados. Um dos fatores que mais contribuiu para o grande número de demissões foi o período de entressafra do café, cultura que apresenta peso importante para a economia mineira. Maior produtor do grão no Brasil, o Sul de Minas foi, de longe, a região do Estado onde houve a redução mais expressiva de vagas (-5.746).

“Minas Gerais é muito forte no setor agropecuário, e temos culturas como a do café, que apresentam forte influência nos indicadores de emprego, por conta do período de entressafra. De março a maio, o setor esteve muito intensivo em termos de mão de obra, por conta da época de colheita. Mas, após esse período, de julho a setembro, acabou havendo uma baixa da demanda por profissionais”, explica a analista da unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Bárbara Alves.

Segundo a especialista, a queda já era esperada para o mês. Mesmo sendo elevadas, as demissões, no entanto, foram ainda 33% menores do que as observadas um ano antes. Em setembro de 2015, foram fechadas 13.797 vagas. Agora, a expectativa é de que, a partir de novembro, com o início do plantio de algumas culturas, novas oportunidades de emprego sejam geradas. Além da agropecuária, apresentaram saldo negativo de postos de trabalho as micro e pequenas empresas dos ramos da construção civil (-627) e extrativa mineral (-44).

Quem aproveitou para expandir a mão de obra, porém, foram os negócios dos setores de serviços, indústria de transformação e comércio. O primeiro admitiu 27.636 trabalhadores em setembro, contra 25.950 desligamentos, totalizando um saldo positivo de 1.686 postos. Já na indústria de transformação, 12.992 vagas foram criadas, enquanto outras 11.459 foram extintas, resultando em 1.533 empregos a mais. O comércio não apresentou números tão expressivos, mas, ainda assim, fechou o mês com um superávit de 448 postos.

“Aos poucos, a economia está se recuperando e os consumidores voltando a comprar”, avalia Bárbara Alves.

Em Minas, não foi apenas o Sul do Estado que sofreu com a redução dos postos em setembro. O mesmo ocorreu com o Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba (-1.674), Zona da Mata e Vertentes (-869), Jequitinhonha e Mucuri (-673), Sudoeste e Centro-Oeste (-644) e Noroeste (-144). Centro (+237), Norte (+61) e Rio Doce e Vale do Aço (+138) foram as exceções e apresentaram saldo de empregos positivo no mesmo período, com as contratações superando as demissões.

Ao contrário do número divulgado para o País, de incremento de quase dois mil empregos gerados pelas micro e pequenas empresas, nenhum estado da região Sudeste conseguiu balanço favorável. Rio de Janeiro (- 2.015), São Paulo (-1.394) e Espírito Santo (-228) também encerraram o mês com déficit na criação de postos.

“Não só em Minas, mas no Brasil, de modo geral, o desempenho da economia ainda não foi retomado. Estamos em um processo de recuperação que será lento e gradual, então, é natural que os dados reflitam este cenário”, pondera a analista do Sebrae Minas.

(Fonte: Diário do Comércio

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