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Efeitos da mudança climática

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O Secretário-Geral da OMM, Petteri Taalas disse que os efeitos das mudanças climáticas têm sido consistentemente visíveis na escala global desde a década de 1980 e listou:

Aumento da temperatura global, tanto sobre a terra como sobre o oceano, aumento do nível do mar e derretimento generalizado do gelo. "Aumentaram os riscos de eventos extremos, como ondas de calor, secas, chuvas recordes e inundações da nosas", disse Taalas.

A OMM divulgará a sua avaliação provisória da situação do clima em 2016 na próxima segunda-feira, 14 de novembro, para informar as negociações sobre mudanças climáticas que acontecem em Marrakesh, no Marrocos. Porém destacou os efeitos das mudanças climáticas. São eles:

Aumento da temperatura Global

Os cinco anos que vão de 2011 a 2015 foram os mais quentes nos registros globais para todos os continentes, com exceção da África (onde foi o segundo período mais quente). As temperaturas do período foram 0,57°C (1,03°F) maiores que a média para o período de referência padrão que vai de 1961 a 1990. O ano mais quente registado até esta data foi 2015, durante o qual as temperaturas ficaram 0,76°C (1,37°F) acima da média de 1961-1990, seguido por 2014.

O ano de 2015 foi também o primeiro ano em que as temperaturas globais foram mais de 1°C acima da era pré-industrial. As temperaturas globais dos oceanos também estiveram em níveis sem precedente. A média mundial das temperaturas da superfície do mar para 2015 foi a mais alta registrada, com 2014 em segundo lugar. As temperaturas da superfície do mar para o período foram acima da média na maior parte do mundo, embora estivessem abaixo da média em partes do Oceano Antártico e do Pacífico Sul. Um forte evento La Niña em 2011 e o poderoso El Niño de 2015/2016 influenciaram as temperaturas de anos individuais sem mudar a tendência de aquecimento subjacente.

Gelo e neve

O gelo do mar Ártico continuou seu declínio. Na média do período 2011-2015, a extensão do gelo do Ártico em setembro foi de 4,70 milhões de km2, 28% abaixo da média de 1981-2010. A extensão mínima de gelo de verão de 3,39 milhões de km2 em 2012 foi a menor já registrada. Em contraste, durante grande parte do período 2011-2015, a extensão do gelo do mar na Antártida foi superior ao valor médio de 1981-2010, particularmente para o máximo de inverno.

O derretimento superficial de verão da manta de gelo da Groenlândia continuou acima dos níveis médios, com a extensão do derretimento do verão excedendo a média de 1981-2010 em todos os cinco anos de 2011 a 2015.

As geleiras de montanha também continuaram a declinar. A extensão da cobertura de neve do hemisfério Norte ficou bem abaixo da média em todos os cinco anos e em todos os meses de maio a agosto, continuando uma forte tendência descendente.

Aumento do nível do mar

Os oceanos se expandem à medida que se aquecem, resultando em aumentos global e regional do nível do mar. O aumento do conteúdo de calor oceânico é responsável por aproximadamente 40% do aumento observado no nível do mar global nos últimos 60 anos. Vários estudos concluíram que a contribuição das manchas de gelo continentais, particularmente da Groenlândia e da Antártida Ocidental, para o aumento do nível do mar está se acelerando. No registro feito por satélites de 1993 até o presente, o nível do mar subiu aproximadamente 3 mm por ano, comparado com a tendência média de 1900 a 2010 (baseada em marégrafos) de 1,7 mm por ano.

Mudanças climáticas e condições meteorológicas extremas

Muitos eventos extremos climáticos e eventos climáticos registrados durante 2011- 2015 foram mais provavelmente resultado de alterações climáticas induzidas pelo homem (antropogênicas). No caso de algumas temperaturas extremamente altas, a probabilidade aumentou em um fator de dez ou mais. Os exemplos incluem o recorde de temperaturas sazonais e anuais nos Estados Unidos em 2012 e na Austrália em 2013, verões quentes na Ásia Oriental e Europa Ocidental em 2013, ondas de calor na primavera e outono de 2014 na Austrália, calor recorde anual na Europa em 2014 e uma onda de calor na Argentina em dezembro de 2013.

Os sinais diretos não foram tão fortes para extremos de precipitação (tanto altos como baixos). Em muitos casos, incluindo as inundações de 2011 no Sudeste Asiático, a seca 2013-2015 no sul do Brasil e o inverno muito úmido de 2013-2014 no Reino Unido, não foi encontrada evidência clara de influência da mudança climática antropogênica. No entanto, no caso das precipitações extremas no Reino Unido de dezembro de 2015, verificou-se que as mudanças climáticas tornaram tal evento cerca de 40% mais provável. Alguns impactos foram relacionados ao aumento da vulnerabilidade.

Um estudo da seca de 2014 no Sudeste do Brasil constatou que, desde 1940, ocorreram déficits pluviométricos semelhantes em outras três ocasiões, mas que os impactos foram exacerbados por um aumento substancial da demanda por água devido ao crescimento populacional. Alguns eventos de longo prazo, que ainda não foram objeto de estudos formais de atribuição, são consistentes com as projeções de mudanças climáticas de curto e longo prazos. Estes incluem o aumento da incidência de secas plurianuais nas regiões subtropicais, tal como manifestada no período 2011-2015 no sul dos Estados Unidos, partes do sul da Austrália e, no final do período, na África Austral.

Houveram também eventos, como as temporadas de secas intensas e quentes da Bacia Amazônica do Brasil em 2014 e 2015 que são motivo de preocupação como possíveis "pontos de inflexão" no sistema climático. Resultados de estudos de atribuição de eventos climáticos às mudanças climáticas antropogênicas.

A Organização Meteorológica Mundial é a voz das Nações Unidas para o tempo, o clima e a água.

Fonte: Climatempo

 

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