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Safras recordes na Índia e Tailândia incrementam disponibilidade mundial de açúcar

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Com crescimento puxado pelos gigantes asiáticos do açúcar, Índia e Tailândia, o saldo global na safra 2017/18 deve registrar superávit de 10,8 milhões de toneladas da commodity, de acordo com a revisão de maio projetada pela consultoria INTL FCStone, um aumento anual de 12,9 milhões de toneladas. A última estimativa do grupo, realizada em março deste ano, apontava saldo positivo de 6,9 milhões de toneladas.

“Com números surpreendentes de produção sendo publicados a cada quinzena, a safra indiana de açúcar continua superando todas as anteriores e já passou de 31 milhões de toneladas até o final de abril. O recorde anterior de produção, para a toda a temporada, era de 28,4 milhões de toneladas”, ressalta o analista de mercado da INTL FCStone, João Paulo Botelho.

Em Uttar Pradesh, que se tornou nos últimos anos o maior estado produtor da Índia, o crescimento foi resultado da introdução de variedades com maior rendimento ao longo das últimas safras. Já em Maharashtra e Karnataka, dois estados que foram fortemente afetados pela seca causada pelo El Niño de 2015, o aumento da produção indiana foi resultado de recuperação na área plantada.

Na Tailândia, a produção se beneficiou de incremento na área ao longo dos últimos anos, graças a política de incentivos por parte do governo nacional. Além disso, o clima contribuiu para produtividade agrícola superior às safras anteriores, potencializando o aumento na produção – que deve atingir 14,9 milhões de toneladas, um crescimento de 40,7% na comparação com 2016/17.

De acordo com cálculos revisados, a consultoria espera que a produção global de açúcar atinja 194,8 milhões de toneladas no final do ciclo 2017/18, um aumento de 8,4% na comparação com o ciclo anterior. Já a demanda global está estimada em 183,9 milhões de toneladas, o que resultaria em estoques globais de 82,5 milhões de toneladas, com a relação estoques/uso atingindo 44,5%.

Na América do Sul, o Centro-Sul do Brasil continua sendo a principal região do planeta reduzindo a produção em grande escala. As usinas destes estados devem diminuir o volume produzido em 6,7 milhões de toneladas na comparação com 2016/17, para 30,6 milhões de toneladas (tel quel).

“Sem grande redução na moagem, o principal motivo para a queda na produção da região é a maior destinação da matéria-prima para o etanol, em detrimento do açúcar. Esta mudança no mix produtivo é resultado do aumento dos preços do petróleo, combinados com as baixas cotações do açúcar no mercado internacional”, avalia o analista Botelho, da INTL FCStone.

Exportações nas alturas

O aumento na área plantada causado pelo fim do regime de cotas e o clima positivo na última safra levaram a produção de açúcar dos países da União Europeia a superar as expectativas, que já eram otimistas. A INTL FCStone aumentou ligeiramente sua estimativa para o grupo, que agora aponta para produção total de 19,7 milhões de toneladas (valor branco), um crescimento de 25,8% na comparação com a safra 2016/17. “Foi este aumento na produção do bloco que permitiu suas exportações alcançarem 1,85 milhões de toneladas entre outubro e março de 2017/18. Este volume representa aumento de mais de 3 vezes em relação ao mesmo período na temporada anterior”, avalia o analista de mercado do grupo, João Paulo Botelho.

Fonte: Assessoria de Imprensa INTL FCStone

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