O Instituto Agronômico (IAC) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo necessitava, nos anos 90, de uma reorganização institucional, pois passava por problemas de sustentação financeira – que começaram no fim dos anos 70 e foram agravados durante os 80. A reforma do IAC então começou na década de 90, quando foram criados projetos como o Pró-Cana.
Outros fatores para criação do programa foram a vontade interna de revitalizar a pesquisa com a cana-de-açúcar e a demanda de usuários, estimulando o desenvolvimento de novas variedades. O projeto principal foi pensado para o melhoramento genético visando à obtenção de variedades mais produtivas, com maior riqueza em açúcar e com outras características que proporcionem vantagens econômicas.
Como resultado, em outubro de 1994, efetivou-se o Pró-Cana, que integra em suas atividades várias áreas de pesquisa como a fisiologia, fertilidade e climatologia.
É um dos três programas de melhoramento genético de cana-de-açúcar do Brasil e tem contribuições efetivas para a sustentabilidade do setor sucroenergético do Brasil. Por exemplo, a canavicultura de três dígitos é viabilizada por pacote tecnológico do IAC. As variedades de cana do Instituto Agronômico, somadas ao manejo recomendado, fazem o resultado médio saltar de 70 para 100 toneladas de açúcar, por hectare.
Painel do setor sucroalcooleiro é tema de palestra da ADCE
O setor sucroalcooleiro se apresenta como uma área promissora que deve ser considerada como opção de investimentos e de parcerias, especialmente em um momento de mudança de paradigmas e de crescimento de financiamentos por meio do mercado de capitais. A opinião é do presidente dos Sindicatos das Indústrias do Açúcar e do Álcool no Estado de Minas Gerais, Mário Ferreira Campos Filho, que participou de almoço-palestra da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE) na FIEMG, no dia 15/05.
Ele falou sobre a situação do setor no Brasil e em Minas e ressaltou a emergência de novas tecnologias nos segmentos de produção de cana de açúcar e de etanol. Segundo o dirigente, inovações nas áreas de manejo integrado, agricultura de precisão e conectividade rural representam grandes oportunidades de negócios atualmente. “O aumento da produtividade passa, necessariamente, pelo uso de novas tecnologias”, concluiu Campos Filho.
A agroindústria sucroalcooleira brasileira gerou divisas da ordem de R$ 11,4 bilhões em 2017, gerando quase 800 mil empregos no país. O setor responde por 17,5% da matriz energética nacional. “São 8,7 milhões de hectares de plantação de cana em todo o território, gerando postos de trabalho, especialmente, no interior do Brasil”, reforçou.
Em Minas Gerais, o setor produz cerca de 950 mil hectares de cana de açúcar, gera 170 mil empregos e reúne 34 usinas produtivas. A região do triângulo mineiro, segundo Campos Filho, é propícia ao desenvolvimento de negócios para o segmento. “Minas é o segundo produtor de cana e o terceiro de etanol. Em 2017, produziu 64,9 milhões de toneladas de cana, sendo 49% destinadas à produção de açúcar e 49% à fabricação de álcool”, informou Campos Filho.
Homenagem
O presidente da FIEMG, Olavo Machado Junior, foi homenageado pela ADCE. Ele recebeu das mãos do presidente da entidade, Sérgio Frade, placa em reconhecimento aos serviços prestados à indústria em seus oito anos de gestão. “A Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas parabeniza Olavo Machado Júnior pela exitosa gestão à frente do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e agradece pelo valioso apoio à ADCE”, diz a homenagem.