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Greve dos caminhoneiros deixa postos de Brasília sem etanol

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Motoristas bloqueiam trechos de 4 rodovias federais no DF. Aeroporto diz que tem combustível só até fim da tarde de quarta (23).

No terceiro dia consecutivo da greve dos caminhoneiros, nesta quarta-feira (23), postos de combustíveis do Distrito Federal começaram a sofrer com a falta de etanol. O desabastecimento também afeta o Aeroporto de Brasília, que tem querosene de aviação suficiente apenas para até o fim desta tarde.

Até as 10h30, o problema havia sido identificado em cinco postos de quatro regiões: Asa Norte, Asa Sul, Lago Sul e Taguatinga. Todos atribuem a falta do combustível aos protestos.

“A greve dos caminhoneiros prejudicou o abastecimento de álcool. Precisava ser reposto hoje (quarta) pela manhã e não foi. Estamos perdendo vendas”, disse a gerente do posto Jarjour da 206 Norte, Lourdes Maia. A unidade ainda não fez uma estimativa das perdas.

Devido à falta do combustível, o preço do etanol foi retirado da placa do posto no Eixo L. O litro da gasolina é vendido a R$ 4,47 – entenda por que os combustíveis estão mais caros.

O posto da rede Melhor na 204 Sul não recebe uma carga de etanol desde as 10h de segunda-feira (21). “Falta o produto na base da Petrobras que nos atende”, disse o gerente do lugar, José do Carmo.

Aeroporto de Brasília
A Inframerica, concessionária que administra o Aeroporto de Brasília, informou que a reserva de combustível para as aeronaves é suficiente apenas até o fim da tarde desta quarta-feira (23) e classificou a situação como “de atenção”.

Caminhões com querosente de aviação (QAV) estão retidos por manifestantes em Cristalina e Luziânia, cidades do Entorno do DF. Na noite desta terça, quatro veículos foram liberados após negociação.

Paralisação dos caminhoneiros interrompe entrega de combustível no Aeroporto de Brasília
“É de suma importância a liberação dos outros caminhões para normalizar o atendimento no aeródromo”, disse a empresa, por meio de nota.

Bloqueios no DF
Caminhoneiros fecharam parte de quatro rodovias federais no Distrito Federal na manhã desta quarta-feira (23). Até as 12h, caminhões bloqueavam trechos das BRs 020, 060, 070 e 080 e impediam que outros motoristas – inclusive de carros de passeio – passassem pela região.

Até a publicação desta reportagem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não sabia informar a extensão do congestionamento causado.

Os caminhoneiros também protestaram durante a manhã na DF-150. Como estacionaram no acostamento da pista que liga o Balão do Colorado à Fercal, o protesto não afetou o trânsito de quem passou pela região.

O bloqueio na BR-060 ocorre em dois trechos, um na altura do Engenho das Lajes, no km 30, e outro próximo ao posto Asa Branca, no km 13, ambos no sentido Brasília. Já na BR-020, o ponto de bloqueio é na divisa entre DF e Goiás, próximo à rodovia DF-100.

A BR-070 também tem dois pontos de paralisação – um deles começa no km 10, altura do Setor O, em Ceilândia; o outro é na divisa do DF com Goiás, próximo à barragem do Rio Descoberto. Na BR-080, o ponto de bloqueio está na altura do km 39.

No primeiro dia de protestos, na segunda-feira (21), caminhoneiros fecharam a BR-070, por volta das 16h, na pista sentido Plano Piloto-Águas Lindas, e causaram transtornos aos motoristas que voltavam para casa.

Na terça-feira (22), os caminhoneiros também fecharam as rodovias que cortam o DF. Ao todo, quatro pistas foram bloqueadas: DF-251, BR-060, BR-070 e BR-080.

Ato nacional
O ato cobra a aprovação do Projeto de Lei 528, que estabelece um piso para o frete de combustíveis no país. Além disso, a categoria reivindica a redução no preço do óleo diesel e a criação de uma tabela compensatória, que pague aos motoristas por quilômetro rodado.

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (23) novo reajuste no preço dos combustíveis nas refinarias. O preço do litro da gasolina baixou 0,62%, passando de R$ 2,0433 para R$ 2,0306. Já o do diesel caiu 1,14%, de R$ 2,3351 para 2,3083.

As revisões podem ou não refletir para o consumidor final – isso depende dos postos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no ano, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fonte: G1

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