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Sem a régua do etanol brasileiro clara para 19/20, açúcar continua sem liquidez e preso ao superávit do USDA

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Da estimativa de maio para a de final de novembro, o USDA cortou praticamente 3 milhões de toneladas do superávit mundial de açúcar da safra 18/19. Ainda assim, ficarão sobrando uma montanha 9 milhões pelas contas. E é esta previsão com a qual o mercado de um modo geral vem trabalhando. Por mais que certas análises brasileiras, da Organização Internacional de Açúcar (OIA) e de algumas tradings forcem previsões que vão de déficits de 2 milhões de toneladas a excedentes bem menores, Nova York não deu atenção.

Pode ser que o faça, quando ficar mais clara a régua do etanol brasileiro para o ano que vem medindo a produção, ou se de fato ocorrer uma produção muito menor da Índia que ainda não se comprova (suspeitas de pragas foi o que motivou o corte feito pela OIA), já que produções mais curtas na Tailândia e Europa são irrelevantes para os superávits globais previstos anteriormente. Por enquanto, o  que movimenta um pouco na ICE Futures essa commodity sem liquidez são as externalidades.

Ontem, foi a corrida de todo mundo para o dólar, com a reabertura da crise entre Estados Unidos e China por conta da prisão da executiva da Huawei que tirou 8 pontos do vencimento de março. Neste sexta (7), foi o aumento do barril do brent  – e um pouco menos o fortalecimento do dólar no mercado internacional -, com o anúncio de redução da produção pela Opep que fez o açúcar ficar mais próximo do teto visto por alguns analistas de 13 c/lp, mas longe do pico de 14 em 24 de outubro (desde então só caiu e transita na faixa atual). Março terminou a semana em mais 23 pontos, fixado em 12.87 c/lp.

Será o petróleo o fiel dessa balança, em combinação com o dólar – mais na paridade com o real do que em relação à cesta de outras moedas fortes.

Sustentado em US$ 60 (ou mais) como alguns prevêem até o início da próxima safra brasileira e o final da 18/19 da dos outros competidores – caso não se consolide uma desaceleração da economia mundial -, possivelmente o Brasil vá manter praticamente os mesmos níveis de etanol para 19/20 (28/29 bilhões de litros), mesmo com câmbio mais favorável às importações do fóssil. A gasolina menos competitiva versus etanol tirará mais açúcar brasileiro do mercado.

O Brasil ainda está no jogo, portanto, mesmo perdendo a liderança nas exportações mundiais do alimento.

Se o mercado estivesse mesmo olhando a tela de março na ICE com olhos na possível falta de 2 milhões de toneladas ou superávit de até 1,7 milhão de tonelada no mundo, haveria potencial para o açúcar já ter rompido o teto dos 13 c/lp – ou 13.5 c/lp.

Porque ainda não haveria certeza de que o País vá soltar o ano que vem de 2 a 4 milhões a mais de toneladas de açúcar, batendo nos 30/31 milhões de toneladas, que tecnicamente compensariam tal déficit ou leve superávit previsto fora da fronteira do USDA (lembrando ainda que o órgão americano ainda dá estoques globais de 53 milhões de toneladas), segundo as análises que apostam na redução do açúcar no mundo.

É a régua brasileira do etanol que vai ditar nas próximas semanas ou começo de 2019 o movimento dos preços – ou realmente um desastre maior na Índia que já está quase chegando no meio da sua safra. (Notícias Agrícolas)

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