O presidente do Grupo São Martinho, Fábio Venturelli, avaliou nesta segunda-feira, 19, que os preços internacionais do açúcar, convertidos em reais, na safra 2017/2018, tendem a ser superiores aos observados em 2016/2017.
Para o executivo, a tonelada do alimento deve ficar entre R$ 1.500 e R$ 1.600, ante R$ 1.200 e R$ 1.300 no ciclo vigente.
"Apesar das oscilações na Bolsa de Nova York, os preços em reais devem se manter", disse, referindo-se à recente queda das cotações futuras na bolsa ICE Futures US. Venturelli participou de evento da empresa com analistas e investidores, em São Paulo.
Segundo ele, o Grupo São Martinho já fixou os preços de 470 mil toneladas de açúcar da próxima safra, o equivalente a 47% da cana própria, a uma cotação média de 20,10 cents/lb.
Produção – Para a safra 2017/2018 no Centro-Sul do Brasil, ele estima que a moagem de cana-de-açúcar deverá ser de 580 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume será menor que o de 595 milhões de toneladas do atual ciclo e reflete as adversidades climáticas e tratos inadequados das plantações. "Voltaremos aos níveis de processamento de quatro anos atrás", destacou.
Gosling também informou que o término do regime de cotas de produção na União Europeia (UE), a partir de outubro de 2017, deverá impulsionar a fabricação do alimento em mais de 1 milhão de toneladas. No primeiro ano sem esse regime, a produção no bloco, principalmente a partir da beterraba, deverá passar de 15,8 milhões para 19 milhões de toneladas.
