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Empresas de alimentos e bebidas usam menos açúcar e preço cai

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Os preços do açúcar na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) estão próximos do menor nível em três anos. Companhias de alimentos e bebidas em todo o mundo estão reduzindo o uso da commodity em seus produtos e buscando adoçantes alternativos por causa de preocupações com diabetes, obesidade e doenças cardíacas. O açúcar acumula perda de mais de 30% em 2018 e é a commodity agrícola de pior desempenho no ano. No Brasil, produtores estão vendendo açúcar por um preço abaixo do custo, segundo analistas.

As vendas de refrigerantes nos Estados Unidos diminuíram US$ 1,2 bilhão nos últimos cinco anos, de acordo com o Susquehanna Financial Group. Já as vendas de águas aromatizadas aumentaram US$ 1,4 bilhão no mesmo período, segundo a empresa de pesquisa de mercado IRI. A Coca-Cola lançou novos sabores de Diet Coke pela primeira vez na história da companhia, num esforço para impulsionar as vendas. No último trimestre, as vendas de Coca-Cola Zero aumentaram dois dígitos, enquanto as de Coca-Cola regular cresceram 3%.

Na Espanha, a PepsiCo disse que a quantidade de açúcar em seus produtos diminuiu 29% desde 2006. A companhia também afirmou que está trabalhando para que dois terços de seus refrigerantes tenham menos de 100 calorias. A Südzucker, maior fabricante de açúcar da Europa, no mês passado se juntou à DouxMatok, de Tel Aviv, para comercializar um produto que aumenta a doçura do açúcar. De acordo com a Südzucker, a tecnologia pode reduzir em até 40% a quantidade de açúcar em produtos alimentícios sem que o consumidor sinta diferença no sabor.

“O consumo na Europa e nos Estados Unidos não cresce há anos e não deve crescer, por causa da proliferação de adoçantes alternativos”, disse Judith Ganes Chase, presidente de commodities na consultoria J. Ganes Consulting.

Embora esses fatores tenham potencial para causar uma mudança significativa na demanda por açúcar, a oferta da commodity continua aumentando. A Organização Internacional do Açúcar disse este mês que os excedentes globais esperados para esta temporada e a próxima vão resultar em estoques difíceis de liquidar. A consultoria Green Pool prevê um superávit recorde de 19 milhões de toneladas nesta temporada.

A INTL FCStone disse que o excedente previsto para este ano já compensa dois anos de déficits.Produtores de cana-de-açúcar na Índia estão expandindo a área plantada após uma série de medidas do governo para impulsionar as exportações da commodity. No ano-safra atual, que termina em 30 de setembro, a produção no país já supera a demanda interna em 6,5 milhões de toneladas.

Texto extraído da revista Globo Rural

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