Por Natália Cherubin
A Cerradão, unidade sucroenergética localizada em Frutal, MG, performou bem durante a pandemia da Covid-19 e fechou a safra dentro do esperado, superando seu recorde de moagem e aumentando áreas de plantio de cana para 2021.
Mesmo ultrapassando uma safra de índices pluviométricos abaixo da média, a companhia superou o seu recorde de moagem. A Cerradão moeu 3,396 milhões de t de cana, produziu 305 mil t de açúcar, 109,8 mil m3 de etanol, 2 mil de t de levedura autolisada e estima exportar cerca de 400 mil mwh de energia elétrica até o fechamento da safra 2020/21.
“Tivemos que nos adaptar por ocasião da pandemia, porém superamos o momento delicado e fizemos uma safra dentro do esperado. Nosso maior desafio foi manter a qualidade de vida e a segurança de nossos colaboradores, perante a pandemia, mas nossas ações preventivas contra o coronavírus foram efetivas, o que não permitiu que o nosso desempenho operacional fosse comprometido”, afirmou Rodrigo Campos Rezende, gerente Administrativo da Cerradão.

Expansão em área, irrigação e indústria
A Cerradão está expandindo sua produção de cana. De acordo com o gerente Administrativo da usina, para o plantio de 2021 serão aproximadamente 8 mil ha de áreas de expansão, fora as áreas de reforma.
Em relação às novas tecnologias, a Cerradão tem investindo bastante na rotação de cultura com soja e amendoim. Além disso, está com projeto de expansão de irrigação de salvamento e gotejamento, visando aumentar o potencial de produção dos canaviais colhidos do meio para o final de safra.

No parque industrial, a unidade investiu em um cozedor contínuo e em um pré-evaporador de caldo. O objetivo, de acordo com Rezende, é aumentar o rendimento de produção de açúcar e melhorar o seu mix. Foi feito também um investimento em um novo armazém para estocagem de açúcar, objetivando o aumento da produção.
2021/22: Mix mais açucareiro
Para a próxima temporada, a Cerradão estima uma moagem um pouco maior, de 3,55 milhões de t de cana. A expectativa é aumentar para 380 mil t de açúcar, reduzir a produção de etanol para 63 mil m3 de etanol e manter as 2 mil de t de levedura autolisada.
“Devemos aumentar a exportação de bioenergia para aproximadamente 450 mil Mwh”, estima Rezende.
O desafio deste ano será manter o crescimento com sustentabilidade, tendo o foco sempre na segurança dos colaboradores. “Temos um investimento significativo para ocorrer nesta safra, sendo de destaque a aquisição de uma nova caldeira de 330 toneladas de vapor por hora e a aquisição de um turbo gerador de 60 Mw”, revela Rezende.
Em 2019, em evento, a Cerradão lançou uma meta ambiciosa para os próximos anos, que era a de alcançar as 6 milhões de t até 2030. Agora, de acordo com o gerente Administrativo, espera-se chegar até a safra 2030/31 moendo 8 milhões de t de cana.
Relação ganha-ganha com fornecedores
A Cerradão tem uma relação muito legal com seus produtores de cana. Ela premia os melhores produtores por desempenho e também tem uma forma diferente de pagamento de cana, não considerando apenas a base da maioria das usinas, que é o Consecana.
De acordo com Rezende, a relação com o fornecedor sempre foi muita próxima, já que os diretores da companhia também são produtores rurais e sentem na pele as dificuldades e demandas.
“Isso ajuda muito a fazer nosso modelo de gestão e premiação para os nossos fornecedores. O modelo que seguimos é o “ganha-ganha”, ou seja, fornecedores e indústria tem que estar alinhados para continuarem crescendo”, revela o gerente Administrativo da Cerradão.
A Cerradão tem um departamento específico para atender e auxiliar seus fornecedores, seja na parte comercial, jurídica, técnica, planejamento e colheita. “Isso faz com que as necessidades e problemas sejam resolvidos rapidamente”, diz Rezende.