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Milho atinge mínima de 19 meses em Chicago por balanço entre oferta e demanda nos EUA

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Os futuros de referência do milho negociado nos Estados Unidos caíram nesta quinta-feira, 18, para o nível mais baixo em 19 meses. Eles foram pressionados por dados decepcionantes de exportação e perspectivas de grandes safras nos EUA, disseram analistas.

Outro fator baixista para o mercado de grãos foi a extensão do acordo para permitir que a Ucrânia continue exportando grãos através dos portos do Mar Negro, aliviando as preocupações com o abastecimento mundial.

O contrato de milho mais ativo na Bolsa de Comércio de Chicago (CBOT) fechou o dia com queda de 6,25 centavos de dólar, indo a US$ 5,5525 por bushel. Antes, ele chegou a cair para US$ 5,47, o menor valor no gráfico contínuo do contrato de milho de referência desde outubro de 2021.

Já o milho com vencimento em dezembro, representando a colheita de 2023, terminou em alta de 1,75 centavo de dólar, a US$ 5,0075. A mudança representa um salto depois dele ficar abaixo de US$ 5 nesta semana pela primeira vez desde o final de 2021.

Os contratos futuros de milho negociados na CBOT caíram para mínimas da sessão depois que o relatório semanal de vendas de exportação, divulgado pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), mostrou que os cancelamentos superaram as vendas de milho da safra antiga dos EUA.

O saldo líquido na semana encerrada em 11 de maio foi negativo em 339 mil toneladas, principalmente devido a cancelamentos de compradores chineses. As vendas líquidas de milho da nova safra, por sua vez, totalizaram 74 mil toneladas.

“Os preços do milho e da soja continuam a aumentar suas perdas recentes em meio à fraca demanda de vendas de exportação. Os ursos [fundamentos baixistas] têm o ímpeto e simplesmente não há uma história por aí para mudar a narrativa”, escreveu o economista-chefe de commodities da StoneX, Arlan Suderman, em uma nota aos clientes.

Enquanto isso, o Conselho Internacional de Grãos (CIG) elevou sua previsão para a safra global de milho 2023/24 em 9 milhões de toneladas, para 1,217 bilhão de toneladas, refletindo em grande parte as perspectivas melhores para a produção no Brasil e na China.

 

Com informações da Reuters

Julie Ingwersen
Nigel Hunt e Naveen Thukral

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