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Agronegócio paulista registra US$ 8 bilhões de superávit e setor de cana puxa exportações

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Imagem/Ilustrativa (CNA Agro)
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Aumento de 7,1% das exportações, puxados por produtos do segmento canavieiro, contribuiu para o resultado no período 

A balança comercial do agronegócio no Estado de São Paulo de janeiro a maio deste ano apresentou saldo positivo, com superávit de US$ 7,97 bilhões. A cifra é 7,3% superior ao mesmo período de 2022, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado.

O resultado foi puxado pelo aumento de 7,1% das exportações, que tiveram como destaque o setor sucroenergético, alcançando US$ 10,15 bilhões, mais do que os 6,3% das importações que totalizaram US$ 2,18 bilhões. Com isso, a participação do setor nas vendas ao exterior no total do Estado representou 37,4%, enquanto a das importações setoriais, 7,2%.

Considerando todos os setores da economia paulista, as exportações do Estado de São Paulo já somam US$ 27,13 bilhões (19,9% do total nacional), e as importações, US$ 30,25 bilhões (29,9% do total do país). Em relação ao mesmo período de 2022, esses resultados representam um aumento de 3,6% nas exportações e redução de 2,5% nas importações.

Cinco agregados correspondem a quase 80% das exportações no setor. A maior participação é do complexo sucroalcooleiro, que compreende, principalmente, açúcar bruto, refinado e álcool etílico, e vendeu US$ 2,61 bilhões para fora do país no período, sendo que desse total o açúcar representou 83,2% e etanol, 16,8%.

O sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação nas exportações paulistas, de 25,7%. No total, o segmento canavieiro subiu 17,4% em valores e recuou 0,9% em volumes exportados, devido ao comportamento das menores quantidades de vendas externas do açúcar (+13,8% em valores e -3,9% em volume).

Para o etanol, os embarques apresentaram elevações de 40,3% em volume e de 39,4% em valores, quando comparados com o mesmo período de 2022. Os destinos das exportações do segmento sucroenergético, de acordo com o IEA,  são bem diversificados em termos de participação dos países, e os resultados apontam como principais compradores: Nigéria (9,1%), Marrocos (8,0%), Argélia e União Europeia (7,7% cada um), Coreia do Sul (7,3%), Bangladesh (5,1%), Malásia e Iraque (4,6% cada um), Arábia Saudita (4,4%) e demais países (41,5%).

No total, o grupo sucroalcooleiro subiu 37,3% em valores e 16,0% em volumes exportados, devido ao crescimento das vendas externas do açúcar (34,6% em valores e 13,4% em volume). Para o etanol, os embarques tiveram bom desempenho e apresentaram elevações de 61,3% em volume e de 58,4% em valores, quando comparados com o mesmo período de 2022. Assim como no estado de São Paulo, os destinos das exportações desse grupo são bem diversificados em termos de participação dos países.

Os resultados do IEA apontam a sequência composta por União Europeia (10,0%), Argélia (7,3%), Nigéria (7,1%), Marrocos (6,6%), Arábia Saudita (5,8%), Coreia do Sul (5,6%), Bangladesh (4,4%), Índia (4,1%) e Estados Unidos (4,0%); os demais países importadores somam 45,1% de participação.

O segundo maior destaque é do complexo soja (grãos, farelo e óleo), que exportou US$ 2,14 bilhões, seguido por carnes (principalmente bovina, de frango e suína in natura ou industrializadas), com venda de US$ 1,21 bilhão; produtos florestais (celulose, papel, madeira e borracha), com US$ 1,12 bilhão; e sucos (principalmente de laranja), com US$ 835 milhões.

Além da balança comercial, o setor do agronegócio tem acumulado outros destaques positivos, como um saldo de 3,8 mil vagas de emprego geradas em abril. Entre os fatores que ajudam a explicar essa melhora, está a perspectiva de aumento da produção da safra 22/23 em relação ao período anterior, puxada pelas fortes chuvas no início do ano e pelo investimento nas tecnologias agrícolas, que ajudam a aumentar a produtividade das lavouras.

A participação do agronegócio paulista na balança comercial brasileira cresceu nos cinco primeiros meses de 2023. O resultado paulista representa 15,1% do total exportado pelo país de janeiro a maio, uma alta de 0,2% em relação ao mesmo período de 2022.

Natália Cherubin com informações IEA

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