A juíza Giovana Pasqual de Mello, da 4ª Vara Cível de Sinop (MT), deferiu na terça-feira (20) o pedido de recuperação judicial apresentado pelo Grupo Safras. A decisão inclui todas as empresas do conglomerado, como Safras Armazéns Gerais, Safras Bioenergia e Safras Agroindústria, com suas respectivas matrizes e filiais. As informações foram divulgadas pelo próprio grupo.
Na decisão, a magistrada destacou que a medida visa permitir a superação da crise econômico-financeira enfrentada pelas empresas, garantindo a continuidade das operações, preservação de empregos e a satisfação dos credores, em linha com a função social da atividade empresarial.
A empresa AJ1 foi nomeada administradora judicial e terá 48 horas para assinar o termo de compromisso. Também ficará responsável por complementar o laudo técnico, com manifestação específica sobre a importância estratégica da planta industrial de Cuiabá.
O Grupo Safras protocolou o pedido em 4 de abril, alegando dificuldades financeiras causadas pela queda no preço da soja no primeiro semestre de 2023, além da absorção de passivos relevantes e da tentativa de reintegração de posse da planta de Cuiabá.
Com o deferimento, a companhia terá um prazo de 60 dias para apresentar seu plano de recuperação judicial. O documento será elaborado com apoio da consultoria Makalu Partners e dos escritórios Mubarak Advogados e Daniel Carnio Advogados.
A Justiça também determinou o envio de ofícios comunicando a decisão à Junta Comercial do Estado de Mato Grosso, ao Ministério Público e às Fazendas Públicas Federal, Estadual e Municipais onde o grupo mantém operações.