Após liquidação da massa falida, famílias avaliam futuro das unidades em Alagoas
A expectativa é que, até 2026, os herdeiros do empresário João Lyra, falecido em 2021, retomem o controle das três usinas de açúcar e álcool pertencentes ao grupo Laginha em Alagoas. A informação é do jornalista Voney Malta.
A massa falida do conglomerado pagou aproximadamente R$ 2 bilhões, praticamente quitando débitos trabalhistas e tributos com estados e municípios de Alagoas e Minas Gerais.
A liquidação só foi possível a partir do recebimento de uma antiga dívida da União com a empresa. Segundo estimativas, ainda pode restar entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões em recursos.
Em entrevista concedida ao Extra em dezembro do ano passado, Thereza Collor, filha de Lyra, já tinha ventilado essa possibilidade: “Temos a vontade de voltar a operar as usinas. Afinal, meu pai foi o maior empregador do estado. A família irá estudar as melhores possibilidades”.
Com o controle jurídico das unidades industriais, caberá à família decidir se dará continuidade às operações, se venderá os ativos ou se manterá os arrendamentos vigentes.
A usina Guaxuma, localizada em Coruripe (AL), tem capacidade para produzir açúcar e etanol, enquanto a unidade Uruba, de Atalaia (AL), está atualmente arrendada. Já em União dos Palmares, a produção é voltada exclusivamente para o etanol.
Todas as usinas contam com terras próprias para o cultivo de cana-de-açúcar. Durante décadas, João Lyra foi considerado o maior gerador de empregos diretos e indiretos em Alagoas, consolidando sua trajetória como um dos principais nomes do setor sucroenergético no estado.
Jornal Extra Alagoas