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Margem agrícola da safra 2025/26 recua no Centro-Sul, aponta Consulcana

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A margem de contribuição agrícola (MCA) da safra 2025/26 no Centro-Sul do Brasil está abaixo da registrada nas safras anteriores, segundo levantamento divulgado pela Consulcana com base em dados do DATACANA. O estudo considerou as 12 variedades de cana-de-açúcar com maior área colhida, do 1º ao 5º corte, em 12 regiões produtoras.

De acordo com Fabio Vidal, diretor da Consulcana, até este período da safra 2025/26, a MCA média é R$ 1.502,74/ha menor que a observada na safra 2024/25, o que representa uma retração de 14,6%. Quando comparado à safra 2023/24, a diferença é ainda mais expressiva: queda de R$ 3.389,67/ha, equivalente a -27,8%.

A análise mostra que a produtividade agrícola (TCH – toneladas de colmos por hectare) caiu 9% em relação à safra passada. A variação entre as variedades foi ampla, oscilando de -18,5% até +5,4%. A maior queda foi registrada na RB97 5952, enquanto RB97 5201, CTC4 e RB86 7515 apresentaram ganhos em TCH no comparativo com 2024/25.

Já no quesito qualidade tecnológica (ATR – Açúcar Teórico Recuperável), a redução foi de 3% na média das 12 variedades. Todas apresentaram desempenho inferior ao do ciclo anterior, sendo a maior queda observada na RB92 579 (-4,92%).

A Consulcana destacou que a ampla variação da MCA entre as variedades – diferença de cerca de R$ 3.433,56/ha na média das últimas três safras – reforça a importância da escolha adequada dos materiais a serem cultivados.

“Na safra atual, a variedade com maior área colhida foi a RB96 6928, que respondeu por 17,4% do total. As variedades da sigla RB e CTC continuam em expansão”, explica Vidal.

As 12 variedades que concentraram 67,1% da área colhida até o momento foram: RB96 6928, CTC4, RB86 7515, CTC9001, RB97 5242, RB92 579, RB97 5201, RB97 5033, CV7870, CTC9003, RB97 5952 e IACSP95-5094.

De acordo com o diretor da Consulcana, com reduções simultâneas em margem agrícola, produtividade e qualidade tecnológica, o cenário da safra 2025/26 se mostra desafiador para produtores. “A pressão sobre os resultados evidencia a necessidade de maior atenção à gestão varietal e ao acompanhamento das condições de campo”, disse.

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