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Os preços do açúcar caem enquanto a Covrig prevê um excesso global de açúcar

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Os preços do açúcar recuaram nesta terça-feira, 7, após uma tentativa de alta, influenciados por uma nova projeção que aponta excedente global para a próxima temporada. Segundo a Covrig Analytics, a expectativa para 2025/26 é de um superávit de 4,1 milhões de toneladas, o que exerceu pressão sobre as cotações internacionais.

O contrato de açúcar bruto com vencimento em outubro caiu 0,18 centavo, ou 1,1%, para 16,63 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido antes uma máxima de dois meses, de 16,88 centavos de dólar por libra-peso. Por sua vez, o contrato mais ativo de açúcar branco caiu 1,4%, para US$ 458 por tonelada.

Em Nova York, o açúcar chegou a atingir uma alta de um mês e três semanas no contrato mais próximo, impulsionado inicialmente por dados sobre a menor concentração de açúcar na cana-de-açúcar brasileira. De acordo com a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), o teor de açúcar na cana moída no Centro-Sul do Brasil caiu para 154,58 kg por tonelada na primeira quinzena de setembro, abaixo dos 160,07 kg/t registrados no mesmo período de 2024.

Apesar desse sinal de possível redução de produtividade, o mercado continua pressionado por fatores que indicam oferta elevada. A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil teve aumento de 15,7% na comparação anual, totalizando 3,622 milhões de toneladas na primeira quinzena de setembro. Além disso, a proporção de cana destinada à produção de açúcar subiu para 53,49% no final de agosto, frente aos 47,74% do ano anterior.

No entanto, o acumulado da safra 2025/26 até meados de setembro registra uma leve queda de 0,1% na produção total, somando 30,388 milhões de toneladas. Outro fator de pressão vem da Ásia. A expectativa de uma safra robusta na Índia, alimentada pelas chuvas de monção, também contribui para o pessimismo no mercado. O Departamento Meteorológico da Índia informou que o volume acumulado de chuvas em 30 de setembro chegou a 937,2 mm — 8% acima da média histórica e o maior índice em cinco anos —, o que favorece a produção agrícola, incluindo a cana-de-açúcar.

No mês passado, tanto o açúcar de Nova York quanto o de Londres atingiram os menores níveis em anos — 4,25 e 4 anos, respectivamente —, seguindo uma tendência de queda de sete meses provocada pelas expectativas de ampla oferta global.

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