As cotações do petróleo subiram nesta quarta-feira, 26, sustentadas pela demanda nos Estados Unidos, em um mercado atento às negociações para encerrar a guerra na Ucrânia, uma situação em desenvolvimento que poderia aumentar a disponibilidade da commodity e pressionar os valores para baixo.
O preço do barril de tipo Brent para entrega em janeiro subiu 1,04% em Londres, a US$ 63,13. Seu equivalente americano, o barril de tipo West Texas Intermediate (WTI), com vencimento no mesmo mês, avançou 1,21%, para US$ 58,65.
“O mercado observa muito atentamente a evolução da situação a respeito do potencial acordo de paz entre Rússia e Ucrânia”, explicou o analista de mercado do The Price Futures Group, Phil Flynn, à AFP.
O Kremlin confirmou nesta quarta-feira a visita do enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, a Moscou na próxima semana para discutir caminhos para encerrar o conflito com o presidente russo Vladimir Putin.
A capacidade de exportação da Rússia é determinante para o preço do petróleo, já que o país é o terceiro maior produtor do mundo, atrás de Estados Unidos e Arábia Saudita. “Um cessar-fogo poderia aumentar a oferta de petróleo no mercado”, disse Flynn, o que exerceria uma pressão de baixa sobre os preços do petróleo.
As sanções contra o setor petrolífero russo, incluídas as de Washington contra Lukoil e Rosneft, duas gigantes dos hidrocarbonetos, poderiam ser levantadas.
Além disso, à espera de “progressos” concretos no âmbito geopolítico, os preços foram impulsionados nesta quarta pelo relatório semanal da Agência de Informação de Energia dos Estados Unidos (EIA), disse Phil Flynn.
O dado sobre as reservas apresentou um aumento inesperado nos estoques comerciais de petróleo bruto nos Estados Unidos, o que, em teoria, poderia afetar negativamente os preços.
Mas, de acordo com Flynn, “a demanda segue sendo sólida”. A quantidade de produtos derivados entregues ao mercado americano aumentou ligeiramente em comparação com a semana passada (+0,41%). Este aumento se deve principalmente à categoria gasolina (+2,32%).


