Os preços do açúcar em NY subiram acentuadamente ontem, 17, atingindo as máximas de 3 semanas, devido aos sinais de menor produção global de açúcar. Os contratos do açúcar bruto com vencimento em maio fecharam em alta de 0,78 centavo de dólar, ou 4,1%, indo a 19,97 centavos de dólar por libra-peso, depois de atingirem o maior valor desde 27 de fevereiro, a 20 centavos de dólar. O contrato subiu 4,8% na semana passada. O contrato de açúcar branco com vencimento em maio subiu 4,3%, a US$ 564,80 por tonelada.
A expectativa da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar e Bioenergia) informou que a produção acumulada de açúcar do Centro-Sul do Brasil em 2024/25 até fevereiro caiu 5,6%, para 39,822 milhões de t. Na Índia, a Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia reduziu sua previsão de produção de açúcar para 2024/25 para 26,4 milhões de t, de uma previsão de janeiro de 27,27 milhões de t, citando rendimentos mais baixos de cana.
Os ganhos no açúcar aceleraram na segunda-feira depois que o real brasileiro subiu em relação ao dólar. O real mais forte desencoraja as vendas de exportação dos produtores de açúcar do Brasil. Enquanto isso, a Organização Internacional do Açúcar (ISO) elevou sua previsão de déficit global de açúcar em 2024/25 para 4,88 milhões de t, mostrando um aperto no mercado em relação ao excedente global de açúcar em 2023/24 de 1,31 milhões de t. A produção mundial para 2024/25, segundo a ISO, deve ser de 175,5 milhões de toneladas.
Na mais recente previsão da Datagro, a produção de açúcar Centro-Sul do Brasil em 2025/26 deverá ser de 42,4 milhõesde t, um aumento de 6%, o que tende a ser um ponto de queda dos preços. Já o trader de açúcar Czarnikow projetou que a produção brasileira pode atingir um recorde, em 2025/26, de 43,6 milhões de toneladas, uma vez que a produção de açúcar é mais lucrativa do que o etanol.