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AGTech é selecionada para programa Agro 4.0 com automação para plantadoras de cana

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Usina Cerradão, que já faz uso da tecnologia, será campo experimental e de acompanhamento para a geração das informações que serão disponibilizadas para a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

Tecnologia PremoPlan, desenvolvido pela AGtech, engloba a tecnologia de automação para plantadoras de cana com foco em economia de insumos e maior rentabilidade no plantio

A AGTech está entre as 14 empresas selecionadas em todo o Brasil para participar do programa Agro 4.0, que visa estimular e fomentar o uso de tecnologias 4.0 no agronegócio. O projeto a ser implantado é o PremoPlan, tecnologia que permite automação de plantadoras e distribuidoras de cana picada com controle de fluxo de cana, insumos sólidos e líquidos.

No Programa Agro 4.0, da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), serão realizados projetos pilotos de adoção e de difusão de tecnologias 4.0 no agronegócio, de forma a identificar modelos viáveis de aplicação de soluções focadas em aumento de eficiência, de produtividade e redução de custos.

“É uma satisfação participar do programa, pois ele representa o esforço da indústria agro em criar um futuro sustentável. A AGTech tem o seu foco no desenvolvimento para aplicação de tecnologias, tanto em implementos como no estudo e aplicação da agricultura de precisão, sendo assim, é o reconhecimento não somente da nossa empresa, mas também uma forma que temos de representar o esforço da indústria agrícola brasileira em inovar para garantir o futuro do nosso país e do mundo”, explica Djessica Matte, diretora administrativa da AGTech.

Ainda de acordo com ela, reforça o compromisso do Brasil com o Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030, tendo em vista que a companhia foi selecionada por colaborar para o cumprimento da meta 12, que é consumo e produção responsáveis.

A Usina Cerradão será o campo experimental e de acompanhamento para a geração das informações que serão disponibilizadas para a ABDI.

“A escolha se deu porque a Cerradão foi a área experimental que deu luz a primeira versão do PremoPlan. A Unesp será a universidade parceira e que fará o levantamento e validação das informações, gerando o primeiro comparativo em nível mundial entre o plantio automatizado (nunca pesquisado) e o plantio mecanizado e manual (o qual possuem vasta bibliografia) ”, completa Djessica.

A Usina Cerradão, que já faz uso da tecnologia, será campo experimental e de acompanhamento para a geração das informações que serão disponibilizadas para a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

Segundo Matheus Uzelotto Lopes, gerente agrícola da Usina Cerradão, é uma honra participar de um processo de desenvolvimento tecnológico.

“Isso é uma premissa que a Usina Cerradão tem em seu DNA e eu, como gestor, tenho como um dogma dentro da minha carreira de sempre procurar pontos de melhora. Precisamos acreditar que a melhora é contínua. E esse processo de inovação é a oportunidade de estar na vanguarda disso”, adiciona Lopes.

A Usina Cerradão já conta com automação no seu plantio de cana. “Já temos, junto a AGTech, um controle de plantio, porém, não uma visão on-line e com a complexidade que tem essa utilização. Temos outras vertentes de processo que também são bem desenvolvidas no que se diz respeito a tecnologias, mas temos muito a aprender e desenvolver. ”

Agro 4.0

O programa é uma iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) com os ministérios da Economia (ME), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e visa o desenvolvimento da agricultura nacional, implantando tecnologias aliadas a Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030.

A estimativa é que mais de 700 empresas do setor produtivo sejam diretamente impactadas com o processo de difusão dos projetos selecionados pelo programa, que teve quatro linhas temáticas.

O projeto apresentado pela AGTech se enquadra na categoria Produção e Colheita, que tem como foco: uso eficiente dos recursos naturais e insumos.

As empresas participantes, além de implementarem, deverão enviar relatórios com as lições aprendidas para que os dados possam ser utilizados de forma a apoiar as estratégias de desenvolvimento da tecnologia na indústria agrícola em nível nacional.

PremoPlan 4.0

O PremoPlan 4.0 – é um projeto que engloba a tecnologia de automação para plantadoras de cana com foco em economia de insumos e maior rentabilidade no plantio – está implementado em mais de 400 equipamentos em usinas, cooperativas, fornecedores e fabricantes que atuam no setor sucroenergético.

A tecnologia PremoPlan está embutida nas máquinas DMB automatizadas e já vem sendo utilizada por diversas usinas sucroenergéticas e produtores de cana que fazem plantio mecanizado

O equipamento possibilita a modernização da frota de cana com a aplicação de automação dos implementos e sensoriamento. A partir de 2020, em sua versão 4.0, passou a possibilitar o monitoramento remoto da operação, gestão e acompanhamento das frentes de plantio, com envio de dados para uma plataforma ou API da unidade produtiva.

O projeto PremoPan também contempla treinamentos e capacitações das equipes, direta e indiretamente, envolvidas no plantio, e para o ano de 2021 contará com a criação de uma UC – Universidade Corporativa, com o objetivo de difundir o conhecimento de tecnologias aplicadas à agricultura.

“Este é o primeiro passo da nossa UC, onde será lançado o treinamento para Automação do Plantio de Cana com o equipamento PremoPlan e o cumprimento desta fase abrirá caminho para uma nova fase da AGTech, onde todos os seus produtos e serviços também levarão conhecimento aos nossos clientes e parceiros”, ressalta a diretora administrativa da empresa.

Na Usina Cerradão o próximo passo é realizar a capacitação das pessoas que vão operacionalizar a obtenção de informações provindas do campo com ajuda do PremoPlan, afim de melhorar a tomada de decisão.

Para Uzelotto é um processo de melhoria contínua da ferramenta, para que a pessoa que está na ponta da operação faça a gestão da melhor maneira possível.

“É uma forma do produtor não ter a necessidade de estar integralmente no campo para obter as informações. A tecnologia permite que tenhamos mais amostragens sobre o que está acontecendo. É democratizar, se assim pode ser dito, o trato com o canavial, para cada gestor ter a autonomia necessária para a tomada de decisão. E uma tomada de decisão mais rápida e assertiva, certamente é mais econômica e viável”, destaca o gerente agrícola da Usina Cerradão.

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